Os contratos futuros de cobre fecharam em alta nesta terça-feira (28), com retorno de feriados em Nova York e Londres. As fortes altas, próximas de 2% em ambas a cidade, mantém um período que vem sendo marcado pela volatilidade do metal. Diante de perspectivas para alta na demanda pela transição energética e dificuldades para ampliar a mineração, analistas do setor seguem tentando entender qual a dimensão do déficit na oferta.
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O cobre para julho fechou em alta de 2,13%, a US$ 4,8550 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses subia 1,89% por volta das 14h40 (de Brasília), a US$ 10.529,00 a tonelada.
“Nos últimos anos, tanto a procura como a oferta de cobre cresceram de forma muito menos dinâmica do que a de metais e minerais relevantes, em particular, para o setor das baterias. Isto deve-se provavelmente ao fato de o mercado do cobre ser um mercado ‘maduro'”, avalia o Commerzbank. A crescente procura de cobre para a expansão das redes elétricas desempenha aqui um papel fundamental. Se e em que medida o mercado do cobre irá ficar mais restritivo depende, portanto, fortemente do futuro impulso político para a transição energética, aponta.
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A Associação Internacional de Energia (AIE) alerta para gargalos na produção primária. Atribui isto, em parte, ao fato de estarem atualmente planejados poucos projetos novos de mineração significativos. Nas suas projeções, espera que a produção das minas atinja o pico já em 2026 e depois comece a diminuir. Os problemas são bem conhecidos: o declínio dos teores de minério nas minas existentes, bem como os desafios operacionais e políticos, lembra o Commerzbank.
“Nossa opinião é de que a recuperação do cobre, em particular, foi longe demais ultimamente e que uma nova correção descendente pode até ser necessária. Afinal de contas, não é de forma alguma garantido que haverá enormes problemas de abastecimento a longo prazo. Vemos o preço em US$ 9.800 por tonelada até o final do ano”, conclui o banco.
Entre outros metais negociados na LME, a tonelada do alumínio operava em alta de 2,94%, a US$ 2.734,00; a do chumbo subia 1,19%, a US$ 2.332,50; a do níquel ganhava 1,28%, a US$ 20.570,00; a do estanho avançava 2,20%, a US$ 33.930,00; e a do zinco tinha alta de 2,08%, a US$ 3.122,00.