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Veja como varejistas operam na B3 após decisão sobre taxação de compras

Medida pode diminuir concorrência das empresas do segmento de vestuário com players estrangeiros

Veja como varejistas operam na B3 após decisão sobre taxação de compras
A medida atende a demanda do varejo nacional pelo o fim da isenção de compras internacionais (Foto: Envato Elements)

A maioria das varejistas do segmento de vestuário se destacam positivamente na Bolsa brasileira nesta quarta-feira (29). O grande destaque fica com os papéis da C&A (CEAB3), que sobem 4,29% a R$ 9,73 às 16h15, fora do Ibovespa. Os papéis da Marisa (AMAR3), por sua vez, avançam 3,41% a R$ 1,82, enquanto os da Lojas Renner (LREN3) registram ganhos de 0,91% a R$ 13,32.

O gatilho que ajuda as ações a subirem no pregão é a aprovação da Câmara dos Deputados da taxação de 20% sobre as compras internacionais de até US$ 50. A medida atende os pedidos das varejistas que classificam a concorrência com os sites estrangeiros, a exemplo da Shein e do Aliexpress, como desleal diante do benefício tributário atual, que isenta os produtos importados abaixo de US$ 50.

A medida foi incluída dentro do Projeto de Lei 914/24, que institui o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), destinado ao desenvolvimento de tecnologias para produção de veículos que emitam menos gases de efeito estufa. Embora ainda precise da avaliação do Senado, o porcentual aprovado pelos deputados permanece abaixo da alíquota de 60% sugerida pelo setor varejista.

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Mesmo assim, os analistas de mercado avaliam que a proposta pode dar fôlego para as ações do segmento de vestuário. Conforme explicamos nesta matéria, especialistas da Ágora e do Bradesco BBI acreditam que a medida deverá trazer algum alívio competitivo para os operadores nacionais do setor após 10 meses desde a criação do programa Remessa Conforme, foi estabelecido com uma “isonomia fiscal desequilibrada no setor de vestuário em favor de players estrangeiros”, na visão dos analistas.

Já Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, pontuou que o possível fim da isenção tributária pode não ser determinante para frear a entrada de concorrentes estrangeiros no mercado brasileiros. “São empresas com muito recurso em caixa para fazer investimentos para um planejamento de longo prazo, enquanto nos últimos anos as concorrentes brasileiras sofreram bastante”, destaca.

Nesta quarta-feira, outras ações do setor varejista operam no campo vermelho do Ibovespa. As ações do Magazine Luiza (MGLU3) sofrem com o avanço dos juros futuros e recuam 0,57% cotadas a R$ 12,22. Esse é o terceiro pregão consecutivo de queda dos papéis da varejista desde o seu agrupamento realizado na segunda-feira (27) na proporção de 10 para 1. Quem também opera no território negativo são as ações do Grupo Soma (SOMA3), que cedem 0,66% a R$ 6,02, realizando os lucros recentes atribuídos aos avanços do processo de fusão com a Arezzo (ARZZ3).

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