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Abertura de Mercado: Sem alívio externo, IPCA deve ficar em segundo plano

Os principais fatos e acontecimentos que vão impactar o Ibovespa nesta terça-feira (11)

Após renovarem, novamente, máximas históricas na última segunda-feira, os índices futuros de Nova York passam por leves ajustes nesta manhã de terça-feira (11), possivelmente refletindo a postura de “esperar para ver” dos investidores antes do anúncio de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e de novos dados da inflação ao consumidor (CPI) por lá, ambos apenas na quarta-feira (12).

No velho continente, porém, o clima continua mais negativo, com os mercados ainda se ajustando aos recentes eventos políticos e comentários de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) — a presidente da instituição, Christine Lagarde, por exemplo, disse que o corte nas taxas de juros realizado na semana passada não significa que a inflação foi vencida.

Em outros mercados, o dólar tem a quarta alta seguida, os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) recuam e os contratos futuros do petróleo têm leve baixa, depois do maior ganho desde março na segunda-feira (10).  Relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) fornecerá uma visão geral do mercado, enquanto os preços futuros do minério de ferro caíram ao nível mais baixo em dois meses, em reação às dúvidas persistentes sobre os esforços da China para aliviar a crise imobiliária — o Conselho de Estado pediu às autoridades que continuem a formular políticas para absorver o parque habitacional existente e estabilizar os mercados, mas não reduziu os anseios do mercado.

Mais uma vez, esse ambiente externo pouco ajudará por aqui, aparentemente — e, de fato, o EWZ, principal ETF brasileiro no exterior, já caía mais forte no pré-mercado, impactado principalmente pela perda de mais de 1% das American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3).

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Entre os direcionadores locais, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ajudar a nortear as expectativas de inflação e juros, mas deve ser insuficiente para reverter esse cenário mais negativo, pelo menos durante as primeiras horas de negócios.

Agenda econômica

Brasil: O IPCA de maio (9h) e as primeiras prévias do Índice Geral de Preços — Mercado (IGP-M) e Índice de Preços ao Consumidor — Semanal (IPC-S) Capitais de junho (8h) estão programados para essa manhã.

Para o dado oficial de inflação, o primeiro a apontar os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul, em especial a de alimentos, é esperada uma aceleração a 0,40% em maio, ante 0,38% em abril, puxado também pelas voláteis passagens aéreas.

Entre os eventos, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, profere palestra (10h10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe o presidente da CNI, Ricardo Alban (9h), e o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se com os presidentes da CNI, CNA (14h) e com Petrobras (PETR3; PETR4), Shell (SHEL), Repsol e Galp (16h).

Europa: Os dirigentes do BCE Villeroy de Galhau e Robert Holzmann (8h), Philip Lane (8h) e Frank Elderson (13h45) participam de eventos.

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China: Esta terça-feira à noite (22h30), serão divulgados os índices de preço ao consumidor (CPI) e produtor (PPI).

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