O BTG Pactual avalia que o acordo da Petrobras (PETR3;PETR4) com a Receita, para encerrar litígios da estatal no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), é positivo para a estatal por “eliminar definitivamente um grande impacto fiscal na tese de investimento, sem sacrificar o pagamento de dividendos da empresa nos próximos 12 meses”. O acordo foi antecipado pela Coluna do Estadão.
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Os desembolsos totais devem ser menores do que o valor anunciado sugere. Dos R$ 11,9 bilhões que serão pagos este ano, cerca de R$ 2,6 bilhões são na verdade devidos por alguns parceiros da Petrobras em seus projetos de E&P, destacam os analistas Pedro Soares, Henrique Pérez, e Thiago Duarte, em relatório enviado a clientes.
A equipe também afirma que a Petrobras poderá usar o acordo de R$ 19,8 bilhões com a Receita para dedução de futuros pagamentos de imposto de renda, que o BTG estima totalizar um adicional de R$ 5,9 bilhões.
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Mesmo assumindo os desembolsos esperados para este ano e sem reembolso no curto prazo, o BTG vê a ação da Petrobras sendo negociada a um rendimento de dividendos (dividend yield) de 16% pelos próximos 12 meses.
“Vemos potencial de alta para este rendimento de dividendos, já que é possível que não ocorram M&As e a empresa pode investir ainda menos do que estamos prevendo atualmente. A Petrobras permanece como nossa principal escolha (top pick)”, dizem os analistas.
O BTG reitera recomendação de compra para Petrobras. O preço-alvo de US$ 19 por American Depositary Receipt (ADR) equivale a um potencial de valorização de 40,7% sobre o fechamento de segunda-feira (17).