A Ambev (ABEV3) é a ação da cobertura de Alimentos e Bebidas do Bank of America (BofA) que sofreu a maior desvalorização nos últimos cinco anos. O banco, no entanto, acredita que a pessimismo parece exagerado, considerando a expectativa de um “sólido impulso” de lucros nos próximos trimestres e a desaceleração dos custos.
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Os papéis estão sendo negociados a 5,8 vezes a relação entre valor da empresa e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, o Ebitda, (EV/Ebitda) e 11,8 vezes a relação entre preço e lucro (P/E). Segundo cálculos do banco, este é um desconto de 38% sobre a média de cinco anos com base no EV/Ebitda e de 30% com base no P/E.
Enquanto isso, pares do setor negociam com um desconto médio de 11% em relação aos históricos no EV/Ebitda e em linha com base no P/E.
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“Nestes níveis, acreditamos que há desvantagens limitadas, embora permaneçamos construtivos quanto à dinâmica dos lucros e reiteramos a compra”, afirmaram os analistas Isabella Simonato, Julia Zaniolo e Fernando Olvera.
A redução do valuation (valor do ativo, cálculo em que é possível estimar o preço mais provável do ativo ou empresa em dado momento) da Ambev acelerou após a pandemia em 2021 e 2022, impulsionada pela contração sequencial da margem, principalmente no Brasil. O banco ainda destaca que as preocupações na Argentina, em meio à forte desvalorização do peso e à inflação elevada também motivaram a desvalorização.
Por outro lado, o BofA avalia que a indústria de cerveja no Brasil está crescendo e que a empresa tem operações mais fortes do que há 10 anos, com um portfólio mais amplo e mais premium em meio a um ambiente competitivo mais racional.
O preço-alvo é de R$ 15,50, o que representa um potencial de valorização de 12,9% em relação ao fechamento de ontem, segunda-feira (17).
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