Os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) subiram nesta quinta-feira (20), após dados econômicos e declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Minneapolis, Neel Kashkari, injetarem dúvidas nas apostas pelo ciclo de relaxamento monetário nos Estados Unidos este ano.
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No fim da tarde em Nova York, a taxa da T-note de 2 anos subia a 4,728%, o da T-note de 10 anos avançava a 4,252% e o do T-bond de 30 anos aumentava a 4,390%.
O inesperado tombo nas construções de moradias iniciadas nos EUA ofereceu indício de arrefecimento da maior economia do planeta, mas os pedidos de auxílio-desemprego contrariaram essa narrativa. As solicitações caíram na semana passada, em um movimento que pode indicar um mercado de trabalho ainda resiliente.
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Como resultado, a curva futura reduziu ligeiramente a ainda majoritária expectativa de que o Fed comece a cortar juros em setembro, conforme indicou a plataforma de monitoramento do CME Group.
A escalada dos retornos da renda fixa americana acelerou ainda mais depois que Kashkari reiterou a visão cautelosa sobre os próximos passos da política monetária. O dirigente reforçou que a inflação deve demorar mais tempo para retornar à meta de 2% e disse que a trajetória dos juros dependerá da evolução dos dados econômicos.
Neste ambiente, o Barclays prevê que o juro da T-note de 10 anos ficará estabilizado em níveis acima do atual ao longo dos próximos trimestres. O banco prevê que a referência vai operar ao redor da faixa dos 4,50% até pelo menos meados do ano que vem.