Os super-ricos da América Latina investem mais em renda fixa do que em outros ativos, mostra pesquisa publicada pelo UBS no fim de maio. Em média, 27% dos latino americanos investem em títulos renda fixa de países desenvolvidos e 7% em títulos de mercados emergentes.
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Segundo a pesquisa, 63% dos super-ricos da região geográfica do Brasil tem o objetivo de preservar o capital, enquanto 58% diz querer equilibrar o risco e 54% buscam se beneficiar dos rendimentos. Nessas perguntas o entrevistado pode escolher mais de uma opção, por isso, a soma total ultrapassa os 100%.
“Nos próximos 12 meses, a principal preocupação será a inflação (60%), enquanto nos próximos cinco anos serão as alterações climáticas (48%) e as perturbações tecnológicas que afetarão os seus negócios operacionais e/ou investimentos (48%)”, diz o UBS.
Já nos Estados Unidos, o investimento em renda fixa ocupa patamares baixos entre os super-ricos, com apenas 7% dos entrevistados confirmando que investem nessa classe de ativos. Em média, 59% dos detentores de renda fixa afirmam que o fazem para se beneficiar de rendimentos elevados. As carteiras dos super-ricos estadunidenses têm a maior inclinação atribuída à América do Norte (82%) e apenas 8% à Europa ocidental, em média.
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Nos EUA, o rendimento fixo de alta qualidade e de curta duração compõem o meio de diversificação mais popular (47%). Além disso, 83% dos family offices (escritório que atende famílias com grande patrimônio) dos EUA afirmam que provavelmente investirão em inteligência artificial (IA).
“Nos próximos 12 meses, a principal preocupação entre os super-ricos dos EUA será um grande conflito geopolítico (57%). Nos próximos cinco anos, os super-ricos dos EUA estarão mais preocupados com o aumento dos impostos (73%)”, revela a pesquisa.
Super-ricos na Europa
O levantamento também mostra que os super-ricos da Europa (exceto da Suíça) também estão preocupados com algum conflito geopolítico, sendo 61% com medo de que episódios ocorram nesse momento e 71% com algum nos próximos 5 anos. Já quando o assunto envolve os EUA, 38% dos super-ricos da Europa acreditam que as taxas de juro estadunidense reais irão flutuar em torno de zero.
Em comparação com os seus pares globais, a porcentagem de super-ricos que planejam fazer alterações na sua alocação estratégica de ativos em 2024 é a mais elevada da Europa (42%) e, em média, existe uma forte tendência nacional para alocar as suas carteiras à Europa ocidental (49%).
Olhando o mundo como um todo, a pesquisa de 2024 mostrou que as carteiras dos super-ricos voltaram a ter um maior equilíbrio entre títulos e ações, possivelmente ajustando-se a um mundo de inflação moderada e taxas de juro decrescentes, esta mudança parece refletir na redução dos rendimentos elevados dos títulos de renda fixa, que foi um movimento prenunciado pelo relatório do ano passado.
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