O dólar operou perto da estabilidade ente rivais nesta sexta-feira (28), em dia marcado pela divulgação do índice com gastos de consumo (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, que veio dentro da expectativa e impulsionou perspectivas para cortes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em alguma das próximas reuniões. Além disso, o debate presidencial no país foi acompanhado. Na zona do euro, a política também é foco, com a divulgação das últimas pesquisas antes do primeiro turno das eleições parlamentares na França.
Leia também
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 160,84 ienes, o euro avançava a US$ 1,0713 e a libra tinha baixa a US$ US$ 1,2640. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, às 17h30 (horário de Brasília) registrava baixa de 0,02%, a 105,882 pontos.
O mercado vê chance maior para início dos cortes de juros pelo Fed em setembro e ampliou probabilidade de redução acumulada de 50 pontos-base (pb) em 2024, após divulgação do PCE. O indicador é a medida preferida de inflação do BC americano e veio praticamente em linha com as expectativas. A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, afirmou hoje que o índice foi uma “boa notícia” e veio “conforme o esperado”, mostrando desaceleração inflacionária.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O ING avalia que uma eventual gestão do ex-presidente Donald Trump pode ser mais positiva para o dólar. O republicano se saiu melhor que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na visão de especialistas e espectadores, no primeiro debate das eleições presidenciais americanas, que acontecem em novembro.
Em pesquisa antes do primeiro turno nas eleições parlamentares francesas do instituto Ifop-Fiducial, os candidatos ao Reagrupamento Nacional (RN), partido liderado por Marine Le Len, seguem na liderança, sendo creditados com 36,5% das intenções de voto. O RN está, portanto, ainda à frente da Nova Frente Popular (NFP) com 29%, a união de partidos de esquerda, e do campo do presidente Emmanuel Macron, o Ensemble (20,5%). O ministro de Finanças da Alemanha, Christian Lindner, disse que pode ser ilegal para o Banco Central Europeu (BCE) intervir se a eleição legislativa na França desencadear uma venda massiva de títulos públicos do país. “Uma forte intervenção do BCE levantaria algumas questões econômicas e constitucionais”, disse.
O ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuki, disse que o governo tomaria as medidas apropriadas contra movimentos excessivos do iene, embora tenha se recusado a comentar se acha que o recente enfraquecimento do iene é excessivo. “Estou profundamente preocupado com os efeitos dos movimentos rápidos e unilaterais no mercado de câmbio sobre a economia”, disse Suzuki em entrevista coletiva na sexta-feira. Ele acrescentou que a credibilidade do iene permaneceu ilesa.