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Cobre fecha em alta, apoiado por dólar fraco e sinais de aperto na oferta

Analistas apontam, contudo, que a demanda na China pode pesar sobre o mercado de metais nos próximos meses

Cobre fecha em alta, apoiado por dólar fraco e sinais de aperto na oferta
(Foto: Envato Elements)

O cobre fechou em alta de mais de 2% nesta quarta-feira (3), apoiado pelo enfraquecimento do dólar no exterior e sinais de aperto na oferta. Entretanto, analistas apontam que a demanda ainda fraca na China pode pesar sobre o mercado de metais básicos nos próximos meses.

O cobre para setembro fechou em alta de 2,59%, em US$ 4,5335 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses subia 2,16%, a US$ 9.869,00 a tonelada, às 14h20 (de Brasília).

O cobre sustentou ganhos desde o começo do pregão, conforme investidores digeriam notícias do setor, mas recebeu impulso extra após nova série de dados macroeconômicos dos Estados Unidos consolidar expectativa por cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Essa perspectiva pressionou o dólar, que amarga perdas ante divisas rivais e emergentes, o que tende a baratear a aquisição de commodities para detentores de outras moedas.

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Particularmente, investidores de cobre acompanham as negociações trabalhistas da mina Oyu Tolgoi, maior catalisador de crescimento na produção do metal na Rio Tinto. Um porta-voz da Rio Tinto disse ao Wall Street Journal que as operações continuam sem interrupções e que espera um acordo com os representantes dos trabalhadores “no futuro”, sem dar detalhes sobre os termos ou quando o acordo deve ser concluído.

Analistas do Morgan Stanley ponderam que é improvável um impacto na produção subterrânea, mas apontam que existem riscos potenciais para a área industrial, tendo em vista que a Rio Tinto espera um crescimento contínuo na produção de cobre da Oyu Tolgoi até atingir a meta de 1 milhão de toneladas por ano em 2028.

Por outro lado, a Capital Economics alerta, em relatório, que a capacidade excessiva de produção da China deve afetar metais básicos pelos próximos meses – ou até anos. A consultoria britânica observa que a combinação de demanda fraca e oferta forte está ampliando as exportações chinesas principalmente de cobre, níquel e aço.

Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, o alumínio avançava 1,23%, a US$ 2.547 a tonelada; o chumbo subia 0,55%, a US$ 2.213,50 a tonelada; o níquel tinha alta de 1,79%, a US$ 17.380 a tonelada; o estanho valorizava 1,41%, a US$ 33.350 a tonelada; e o zinco avançava 2,19%, a US$ 2.983,00 a tonelada.

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Com informações da Dow Jones Newswires