Tempo Real

Captação da indústria de fundos aumenta 278,3% em um mês; veja os destaques

O valor registrado em julho é o melhor resultado mensal do ano, conforme mostram os dados da Anbima

Captação da indústria de fundos aumenta 278,3% em um mês; veja os destaques
Mercado financeiro (Foto: Adobe Stock)

A indústria de fundos registrou captação líquida positiva de R$ 78,3 bilhões em julho, o melhor resultado mensal do ano, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve um aumento de 278,3%. A captação líquida acumulada em 2024 é de R$ 249,5 bilhões.

A classe de renda fixa teve a segunda maior captação mensal em 2024, com entrada líquida de R$ 59,1 bilhões em julho, ante R$ 13,3 bilhões no mesmo período de 2023. “Com a perspectiva de manutenção da Selic em 10,5% até o fim do ano, a tendência é que esse tipo de fundo continue atraindo um fluxo relevante de recursos e puxando o desempenho da indústria”, afirma, em nota, Pedro Rudge, diretor da Anbima.

Dentre os fundos de renda fixa, os do tipo Renda Fixa Duração Baixa Grau de Investimento registraram a maior captação líquida, no montante de R$ 15,4 bilhões. Esses fundos buscam retornos investindo em ativos com duration média ponderada da carteira inferior a 21 dias úteis e aplicam, no mínimo, 80% dos recursos em títulos públicos federais e ativos com baixo risco de crédito.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Depois dos fundos de renda fixa, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) tiveram o melhor resultado mensal, com entradas líquidas de R$ 43,9 bilhões em julho. Desse total, R$ 38,7 bilhões vieram de um FIDC do tipo Agro, Indústria e Comércio. Na sequência, os destaques foram os fundos de previdência e os Fundos de Investimento em Participações (FIPs), com captações líquidas de, respectivamente, R$ 4 bilhões e R$ 2,2 bilhões.

A classe de multimercados continua registrando resgates. Os saques atingiram R$ 25,4 bilhões em julho ante saídas líquidas de R$ 3,2 bilhões no mesmo mês do ano passado. Os fundos do tipo Multimercados Livre (sem compromisso de concentração em uma estratégia específica) exibiram o pior resultado, com captação líquida negativa no total de R$ 12,4 bilhões.

Os resgates também superam os aportes na classe de ações. Esses fundos registraram captação líquida negativa de R$ 4,3 bilhões em julho, quase o triplo do observado (R$ 1,2 bilhão) no mesmo período de 2023. Os fundos de ações livre (que não precisam seguir uma estratégia específica) foram os que mais contribuíram para o resultado negativo, com saídas de R$ 2,2 bilhões no mês.

Os ETFs (Exchange Traded Funds) e os fundos cambiais igualmente registraram captação líquida negativa em julho, de R$ 772,8 milhões e R$ 332,5 milhões, na mesma ordem.