O dólar tinha forte valorização no exterior no fim da tarde desta quinta-feira (15), na sequência de dados sólidos divulgados nos Estados Unidos que dissiparam ainda mais a apreensão sobre uma recessão no país. Os indicadores trouxeram nova rodada de fortalecimento da aposta de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve cortar juros em 25 pontos-base em setembro.
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O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou 0,40%, a 102,977 pontos. No fim desta tarde, a libra subia a US$ 1,2855. Na direção oposta, o euro recuava a US$ 1,0977. A moeda japonesa se depreciava, com o dólar em alta para 149,00 ienes.
A tese de que o Fed teria de ser mais incisivo em seu alívio monetário sofreu um abalo após o salto de 1% nas vendas do varejo nos EUA em julho. Outros dados também ajudaram a fortalecer hipótese de que o alívio terá de ser dosado, com 25 pontos base em setembro.
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Na próxima semana, o mercado acompanhará os desdobramentos do Simpósio de Jackson Hole. Mas o Bank of America avaliou, em relatório, que o evento dificilmente trará impacto para o dólar.
O iene voltou a ceder, após o governo do Japão encerrar hoje uma campanha de alerta que pedia cautela e preparação para um possível “megaterremoto”. Analistas chegaram a citar que a moeda japonesa poderia receber fluxo de compra no caso de um tremor.
A libra esterlina se recuperava da queda acentuada da véspera com o suporte do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, que avançou acima do esperado no segundo trimestre.
Entre as moedas emergentes, o peso argentino continuava em queda. O Bradesco (BBDC4) citou, em nota, que o mercado segue prevendo que uma desvalorização cambial significativa será necessária mais à frente na Argentina. Essa expectativa representa um obstáculo significativo para a estabilização econômica do país, na visão do banco.
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O dólar também cedia a 4.007,90 pesos colombianos, após o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Colômbia frustrar expectativas no segundo trimestre.