Apesar de as empresas do setor de saúde apresentarem uma melhora contínua na sinistralidade (MLR), os recebíveis de fornecedores continuam a apresentar desafios consideráveis e não demonstraram melhora no segundo trimestre do ano, seguindo bem acima dos níveis pré-pandemia, o que é um ponto de alerta para o setor, avalia o Bradesco BBI.
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Em relatório, os analistas Marcio Osako e Valeria Parini avaliam que parte dessa situação decorre de práticas estruturais, como a extensão dos prazos de pagamento e um escrutínio mais intenso das contas médicas, resultando em mais desautorizações.
O banco avalia que os recebíveis se mantiveram estáveis para Rede D’Or (RDOR3) e Dasa (DASA3), com deterioração para Oncoclínicas (ONCO3) e Mater Dei (MATD3). “Isso se deve ao não pagamento da Unimed Ferj e de alguns pagadores do Porto Dias, incluindo a Unimed Belém”, avalia o BBI.
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Além disso, outro fator que pesa para as companhias do setor é a elevação das taxas de inadimplência, exemplificada pelos casos nas Unimeds, Oncoclínicas e Porto Dias, que representam um risco que pode exigir ações como provisões adicionais, renegociações ou até a descontinuação de serviços.
Mesmo com estes desafios, as previsões do BBI para o setor já consideram pequenas reduções nos recebíveis, levando em conta a continuidade dos níveis elevados.