A semana vai começando com um caráter indefinido entre os principais mercados internacionais, embora prevaleça um leve viés de alta, a medida em que os investidores esperam indicadores e discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) para obter novas informações sobre o ritmo e a dimensão da flexibilização monetária que teve início na maior economia do mundo na semana passada.
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Em outros mercados, o dólar tem a segunda alta seguida frente a maioria das moedas, os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa americana) rondam a estabilidade, os contratos futuros do petróleo pouco oscilam, com os riscos geopolíticos contrabalançados pelos juros menores, enquanto os preços futuros do minério de ferro caíram 4,5% em Dalian, cotados ao equivalente à US$ 93,38a tonelada, após novos sinais de que a economia da China continua em dificuldades, prejudicando as perspectivas de consumo do produto.
A indefinição externa, o fraco desempenho das principais commodities e o crescimento da percepção de risco fiscal devem limitar a tomada de risco por aqui. A notícia de que o Governo decidiu rever o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões no orçamento, após projetar uma melhora na arrecadação de 2024, mesmo com frustrações na entrada de receitas extraordinárias, deve continuar exigindo maior prêmios -o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na sexta-feira (20) passada, por exemplo, que o volume de recursos congelados no orçamento deste ano foi reduzido, de R$ 15 bilhões para R$ 13,3 bilhões, por causa do melhor desempenho das contas públicas.
Agenda econômica
Brasil
Destaques na semana para as divulgações da ata da última reunião do Copom, na terça-feira, e o IPCA-15, na quarta-feira. Hoje será conhecido o Boletim Focus (8h25) e o Ministério do Planejamento e Orçamento detalha em coletiva o 4º Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas (11h00). Na quarta-feira saem os dados de conta corrente e investimentos direto, na quinta-feira, o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e, na sexta-feira, o IGP-M de setembro, a nota de crédito do Banco Central, a Pnad Contínua e os dados do Governo Central.
EUA
As atenções devem se voltar para a leitura da inflação do PCE em agosto, na quinta-feira, além de discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) -na quinta-feira, o presidente, Jerome Powell, falará em mensagem pré-gravada em evento sobre o mercado de títulos. Hoje segunda-feira, haverá discurso do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic (9h00), o índice de atividade nacional do Fed de Chicago (9h30), o discurso da secretária do Tesouro, Janet Yellen, o PMI composto pela S&P Global (10h45), o discurso do presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee (11h15) e o discurso do presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari (14h00).
China
O Banco do Povo da China (PBoC) anunciou um corte na taxa de recompra de 14 dias de 1,95% para 1,85% e a injeção de 74,5 bilhões de yuans (algo como US$ 10,6 bilhões) de liquidez por meio da ferramenta de política monetária, em um reflexo da redução da taxa de recompra reversa de 7 dias em julho, durante a qual a autoridade monetária não conduziu uma operação de recompra reversa de 14 dias. O banco central chinês também injetou 160,1 bilhões de yuans (US$ 22,8 bilhões) por meio de acordos de recompra reversa de 7 dias, com a taxa de juros inalterada em 1,7%.
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