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Moody’s reafirma avaliação de risco de crédito da CSN (CSNA3); confira

Por outro lado, a agência alterou a perspectiva da empresa siderúrgica para negativa

Moody’s reafirma avaliação de risco de crédito da CSN (CSNA3); confira
Sede da CSN em Volta Redonda, Rio de Janeiro. (Foto: Marcos Arcoverde/Estadão)

A Moody’s Rating reafirmou o rating (avaliação que mostra o risco de crédito de uma empresa) corporativo Ba2 da CSN (CSNA3) e as classificações Ba2 das Notas Sênior Não Garantidas Apoiadas da CSN Resources e da CSN Inova Ventures. A perspectiva foi alterada para negativa, de estável.

Segundo a agência, a mudança na perspectiva de classificação da CSN para negativa reflete as expectativas de que as métricas de crédito da empresa permanecerão pressionadas nos próximos 12 a 18 meses devido a condições de mercado mais fracas nos segmentos de aço e minério de ferro.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da CSN diminuiu para R$ 11,0 bilhões nos 12 meses encerrados em junho de 2024, de R$ 11,5 bilhões em 2023, refletindo preços mais baixos, e a alavancagem ajustada da empresa aumentou de 4 vezes para 4,7 vezes durante o mesmo período.

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A Moody’s espera que a razão de alavancagem ajustada da CSN permaneça dentro de 4 a 4,5 vezes nos próximos 12 a 18 meses, com base nos preços mais baixos do aço e minério de ferro. Mas pode se fortalecer para 3 a 3,5 vezes ao longo do tempo, com base no cenário de preço de US$ 80 a US$ 110 por tonelada para minério de ferro e rentabilidade normalizada nas operações de aço.

“No entanto, a menos que a CSN consiga acelerar a desalavancagem por meio de vendas de ativos, as métricas de crédito da empresa serão fracas para sua categoria de classificação nos próximos 2 anos”, diz a agência no relatório.

Já o rating Ba2 da CSN reflete a posição da empresa como uma líder na fabricação de aço laminado a plano no Brasil, com uma mistura de produtos favorável focada em produtos de valor agregado, e como um grande produtor de minério de ferro (o segundo maior exportador do Brasil).

Segundo a agência, a empresa reportou “forte margem” de Ebitda ajustada nos 12 meses encerrados em junho de 2024, suportada por sua sólida posição no mercado interno, ampla gama de produtos em diferentes segmentos e custos de produção globalmente competitivos para o aço e o minério de ferro. A nota da CSN também incorpora melhoria na liquidez, impulsionada por várias medidas implementadas ao longo dos últimos três anos, e o desempenho operacional aprimorado.

As classificação, porém, é limitada pelo histórico da empresa de políticas financeiras agressivas, incluindo uma estrutura de capital altamente alavancada, um apetite por crescimento e requisitos de dividendos para cobrir o serviço da dívida no nível da matriz, de acordo com a Moody’s.

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