O dólar era negociado em alta ante os principais pares nesta quinta-feira (3), ainda que tenha desacelerado da máxima intradiária quando o índice DXY tocou o maior patamar desde meados de agosto, após dados mostrarem resiliência da economia americana na véspera da divulgação do relatório de emprego nos Estados Unidos de setembro. A busca por segurança seguia como outro vetor de suporte à moeda americana diante da escalada das hostilidades no Oriente Médio.
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O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em alta de 0,31%, a 101,89 pontos. O dólar se valorizava a 146,81 ienes às 16h50 (de Brasília). O euro cedia para US$ 1,1032, enquanto a libra era cotada em baixa, a US$ 1,3125.
O índice dólar chegou a tocar a máxima de 102,099 pontos pela manhã, o maior nível intradiário desde 16 de agosto, após o índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços dos EUA medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) subir para 54,9 em setembro, superando as expectativas. O dado também puxou os juros dos Treasuries. “O ISM de serviços nos EUA deu um deslocamento bastante rápido para cima da taxa de 10 anos”, disse o sócio e gestor de fundos multimercado da Quantitas, Rogerio Braga.
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O dólar subia com força ante a libra esterlina após a divulgação do PMI de serviços do Reino Unido, que caiu e ficou abaixo das expectativas. Os investidores também ampliaram a probabilidade de o Banco de Inglaterra cortar as taxas de juro em 0,25 ponto porcentual em novembro e dezembro, após os comentários do presidente do Banco Central da Inglaterra, Andrew Bailey. Bailey disse ao jornal The Guardian que o BoE poderia tornar-se “um pouco mais agressivo” no corte das taxas se as notícias sobre a inflação continuassem a ser boas.
Os mercados monetários precificavam cerca de 41 pontos base de cortes nas taxas do BoE até ao final do ano, de acordo com a LSEG Refinitiv, enquanto anteriormente se esperava um ritmo mais gradual e constante de cortes nas taxas.
O euro também perdia força ante o dólar, mas em um movimento mais brando de desvalorização.