A Cosan (CSAN3) confirmou, por meio de fato relevante, a suspensão da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de sua subsidiária Moove Lubricants Holdings que seria feita na Bolsa de Nova York (Nyse), conforme antecipou o Broadcast. A companhia atribuiu a desistência a “condições adversas de mercado” e disse ainda que manterá o mercado atualizado a respeito dos desenvolvimentos relacionados a este tema.
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O processo de “venda” das ações, que acontece por meio da coleta de preços que os investidores estão dispostos a entrar na oferta, foi feito nesta quarta-feira (9). Uma eventual estreia das ações na Nyse seria amanhã. O IPO da Moove vinha sendo comemorado no mercado, por marcar a quebra de um jejum de quase três anos de ofertas de empresas brasileiras nos Estados Unidos e que se aproxima de quatro no Brasil.
O Broadcast apurou que os investidores estrangeiros ofertaram preços abaixo da faixa proposta, que ia de US$ 14,50 a US$ 17,50. Nas reuniões com investidores nos Estados Unidos, muito se falou do risco Brasil, segundo fontes que participaram das conversas. Muitos fundos de investimento de mais longo prazo, que ficam com o papel, os chamados ‘long only’, decidiram não continuar na oferta.
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O livro de ordens teve parte dos pedidos entre US$ 12,50 a US$ 13 por ação, segundo interlocutores. A esse nível, a empresa preferiu esperar um momento melhor para fazer a oferta.
A companhia pretendia vender 25 milhões de ações, em uma operação que poderia movimentar US$ 400 milhões. A empresa esperava ser avaliada em Nova York a US$ 1,8 bilhão. Haveria ainda chance de lote extra. Os vendedores eram a Cosan e o fundo CVC, além de uma emissão de ações pela companhia, em uma tranche menor.
A captação primária, em que os recursos iam para a própria Moove, ficaria em US$ 100 milhões, a serem usados para pagar parte da aquisição da DIPI Holdings, fabricante brasileira de lubrificantes. Os coordenadores da oferta são os bancos JP Morgan, Bank of America, Citigroup, Itaú BBA, BTG Pactual e Santander.