- A infância é, de fato, um dos momentos mais especiais da vida e merece ser valorizada. É a base para o desenvolvimento humano, com reflexos em toda a vida daquela pessoa
- Por isso, algumas coisas precisam ser introduzidas preferencialmente quando ainda somos crianças. Uma delas é a educação financeira
- Veja cinco dicas da planejadora financeira Ana Viude, que também é voluntária na Multiplicando Sonhos, instituição que leva educação financeira em escolas, sobre como ensinar educação financeira para crianças
Em 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida na fé católica, é comemorado também o Dia das Crianças. Tivemos uma semana repleta de dias de brincadeiras nas escolas e, claro, presentes para os pequenos.
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A infância é, de fato, um dos momentos mais especiais da vida e merece ser valorizada. É a base para o desenvolvimento humano, com reflexos em toda a vida daquela pessoa.
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Por isso, algumas coisas precisam ser introduzidas preferencialmente quando ainda somos crianças. Uma delas é a educação financeira.
“Evandro, mas como vou falar com o meu filho sobre dinheiro se ele só tem 4 anos de idade? Ele não entende e não quero preocupá-lo”, você pode me perguntar. Mas é justamente essa mentalidade de que dinheiro é algo complicado e motivo de preocupação que queremos evitar que o seu filho tenha.
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Dinheiro nada mais é do que recurso. E recurso é algo com o qual lidamos desde sempre. Ensinar o seu filho a não desperdiçar comida, água, roupas e brinquedos é uma forma de educá-lo financeiramente.
Assim como ensiná-lo a fazer escolhas. Pergunte coisas do tipo “você pode ganhar um presente pequeno todos os meses ou um grande presente uma vez ao ano, o que você prefere?”
Veja cinco dicas da planejadora financeira Ana Viude, que também é voluntária na Multiplicando Sonhos, instituição que leva educação financeira às escolas, sobre como ensinar educação financeira para crianças:
1. Adapte a linguagem ao contexto da criança
Converse sobre dinheiro em uma linguagem adequada à idade da criança. Pergunte o que ela entende ou acha que é dinheiro, de onde ele vem e para que serve. Explore o assunto aos poucos e, de preferência, de maneira lúdica.
“Utilize brincadeiras de mercadinho e jogos de tabuleiro. Assim, você poderá observar o quanto a criança já aprendeu sobre dinheiro apenas com a observação dos pais e as atividades do dia a dia”, recomenda Ana.
2. Estabeleça regras e limites
Outro ponto importante é criar regras simples e desenvolver habilidades que serão importantes para o uso do dinheiro na vida adulta, como saber esperar, respeitar limites, fazer escolhas e lidar com frustrações.
Aqui estão alguns exemplos, citados por Ana, de regras e hábitos a serem colocados:
- Para entrar coisas novas (roupas, sapatos, brinquedos), precisam sair coisas velhas;
- Doces somente nos fins de semana;
- Manutenção de rotina, com horário para dormir e estudar;
- Combinados antes de sair de casa (se será comprado alguma coisa ou não)
“Quando escolhemos algo, estamos sempre renunciando a outra coisa e, por mais que não seja fácil muitas vezes, é necessário”, diz a planejadora financeira.
3. Ensine a poupar desde cedo
“Ensine e desenvolva o hábito de poupar. Desde as moedinhas no cofrinho, até o pacote de biscoito, que nem sempre precisa ser consumido todo de uma só vez”, diz Ana. A criança deve entender que há recompensa envolvida nesse processo.
4. Inclua a criança no planejamento familiar
Deixe a criança participar do planejamento financeiro da família, ajudando a escolher o cardápio do jantar, a fazer a lista de compras do supermercado ou a decidir o passeio do fim de semana. Assim, ela vai começar a desenvolver senso de responsabilidade e planejamento.
5. Seja exemplo
Lembre-se: os pais são exemplos em tudo, inclusive em relação ao uso do dinheiro. “Gosto de lembrar que a educação financeira infantil começa pela educação financeira dos pais, porque crianças aprendem com o que veem”, diz Ana.
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Quais as lembranças que você tem sobre uso do dinheiro quando era criança?
Feliz Dia das Crianças para todos!
