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Como utilizar o Drex? Saiba como vai funcionar a nova moeda digital no dia a dia

Moeda digital do Banco Central permitirá vários tipos de transações financeiras seguras, com ativos digitais e contratos à disposição

Como utilizar o Drex? Saiba como vai funcionar a nova moeda digital no dia a dia
Drex, a moeda virtual brasileira (Foto: Adobe Stock)

O Real Digital, o Drex, surgiu de um Grupo de Trabalho do Banco Central do Brasil de 2020, que visava estudar a emissão da moeda digital brasileira. Os resultados foram a definição das diretrizes, encontros virtuais abertos para discussão de potenciais aplicações e um laboratório de pesquisa em um ambiente colaborativo virtual.

Segundo o BC, o “Drex tem os mesmos valor e aceitação do real tradicional, com as garantias e seguranças do real tradicional, e depende de um banco ou de outra instituição para seu uso”.

O Drex é uma moeda digital do Banco Central e permitirá vários tipos de transações financeiras seguras, com ativos digitais e contratos à disposição.

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Os serviços serão liquidados pelos bancos “dentro da Plataforma Drex Banco Central, que é um ambiente em desenvolvimento utilizando a tecnologia de registro distribuído”, afirmou o BC em nota.

Como o Drex vai funcionar?

Para que o usuário tenha acesso à Plataforma Drex, é necessário ter um intermediário financeiro autorizado, como um banco, que fará a transferência do dinheiro depositado em conta para a carteira digital do Drex. Dessa forma, possibilitará a realização de transações com ativos digitais com segurança.

Por exemplo: imagine que você quer comprar um carro, mas teme pagar e o vendedor não transferir a propriedade para o seu nome. Com o Drex, essa preocupação é eliminada, pois o contrato só se conclui quando ambas as ações – o pagamento e a transferência da propriedade – ocorrerem ao mesmo tempo.

Se uma das partes não cumprir o acordo, o dinheiro e o bem retornam aos seus donos originais. O Drex garante que tanto o pagamento quanto a transferência de propriedade aconteçam de forma simultânea e segura para ambos os lados.

A tabela abaixo explica as principais diretrizes. Veja:

Diretrizes do Drex Descrição
1. Inovação e Tecnologia Ênfase no desenvolvimento de modelos inovadores com uso de contratos inteligentes e dinheiro programável, permitindo liquidação de operações via “internet das coisas” (IoT).
2. Pagamentos Online e Offline Foco no desenvolvimento de aplicações online, com a possibilidade de pagamentos offline.
3. Emissão e Liquidação Emissão do Drex de atacado pelo Banco Central como meio de pagamento, possibilitando serviços financeiros de varejo liquidados pelo Drex de varejo emitido por participantes do SFN e SPB.
4. Normas Regulatórias Aplicação de normas e regras atuais para operações na plataforma Drex, evitando assimetrias regulatórias.
5. Segurança Jurídica Garantia de segurança jurídica nas operações realizadas na plataforma Drex.
6. Privacidade e Segurança de Dados Garantia de conformidade com as leis brasileiras de privacidade, incluindo o sigilo bancário e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
7. Prevenção e Conformidade Desenho tecnológico para atender a normas internacionais e nacionais de prevenção à lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa, incluindo rastreamento de operações ilícitas conforme ordens judiciais.
8. DLT e Interoperabilidade Adoção de solução baseada em Distributed Ledger Technology (DLT) para registro de ativos variados, descentralização de produtos e serviços, interoperabilidade com sistemas domésticos e internacionais, incluindo pagamentos transfronteiriços.
9. Resiliência e Segurança Cibernética Implementação de padrões de resiliência e segurança cibernética equivalentes aos exigidos para infraestruturas críticas do mercado financeiro.

 

Pix e Drex, existe diferença?

De acordo com o próprio BC, o Pix é um meio de pagamento que permite transferências instantâneas. Em contrapartida, o Drex além de contar com o serviço de pagamento para liquidar transações com ativos digitais, tem como principal vantagem a oferta, que ocorre por meio de uma plataforma segura.

O objetivo do Drex é “democratizar o acesso aos benefícios da economia digital, trazendo mais eficiência e segurança nas transações financeiras”, escreveu o BC. Vale lembrar que o valor de um Drex é equivalente a um real comum.

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O Drex deve complementar o sistema financeiro do país, e não substituir o Pix. Quando lançada, a moeda digital poderá ser transferida via Pix, e abrirá um leque de possibilidades aos usuários, como contratos inteligentes (smart contracts), processos de tokenização, compras de títulos públicos, tomada de empréstimos e transações baseadas na tecnologia blockchain. Esta reportagem do E-Investidor aprofundou o tema.