O dólar hoje fechou em queda, estendendo o movimento de correção iniciado na segunda-feira (4). Após abrir esta terça-feira (5) a R$ 5,7895, a moeda americana terminou o dia em baixa de 0,60% a R$ 5,7484, oscilando entre máxima a R$ 5,8050 e mínima a R$ 5,7404.
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O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis pares fortes, também caiu nesta terça-feira, exibindo desvalorização de 0,43%, aos 103,434 pontos, no final da tarde.
No cenário doméstico, o foco dos investidores seguiu concentrado no pacote de medidas de corte de gastos a ser anunciado pelo governo. O Broadcast apurou que a reunião do ministro Fernando Haddad no Palácio do Planalto foi antecipada e já está ocorrendo. Originalmente, o encontro para discutir as propostas de contenção de gastos públicos estava marcado para as 16h. A antecipação reforçou especulações de que o anúncio do pacote será feito em breve.
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Além de Haddad, participam do encontro os ministros Rui Costa (Casa Civil), Carlos Lupi (Previdência), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão), além de representantes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Dataprev e Serpro. A reunião é uma continuação das discussões de segunda-feira (4), quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve com a cúpula do governo para conversar sobre o tema.
Nesta reportagem, especialistas do mercado explicam que o governo precisa entregar o seguinte para acalmar os ânimos dos investidores e impulsionar os ativos domésticos: um pacote de redução de gastos de ao menos R$ 50 bilhões e algumas correções nas despesas obrigatórias e discricionárias.
Eleições nos EUA geram cautela nos investidores
No dia da eleição presidencial americana, os mercados operam sob clima de cautela em todo o mundo, após a intensa volatilidade e disparada da divisa americana na semana passada. A disputa entre o ex-presidente Donald Trump e a atual vice-presidente Kamala Harris está bastante acirrada, mas o posicionamento do mercado para uma possível vitória republicana vinha ajudando a manter a tendência de dólar forte nos últimos dias.
Analistas ouvidos nesta reportagem explicam que um governo de Kamala poderia levar a uma política de estímulo econômico mais forte e maior regulação, o que deve reduzir o apelo pelo dólar no curto prazo. Já um novo mandato de Trump, com políticas pró-negócios e possível manutenção de tensões comerciais, tende a sustentar a demanda por ativos seguros, favorecendo a moeda americana.
Investidores também se preparam para a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), que será divulgada na quarta-feira (6). As apostas majoritárias são de que a autoridade deve cortar as taxas em 25 pontos-base nos Estados Unidos.
O dólar cai 0,57% em novembro. No ano, a moeda acumula ganhos de 18,44%.
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*Com informações do Broadcast