O BTG Pactual (BPAC11) elevou o preço-alvo da ação da TIM (TIMS3) de R$ 20 para R$ 22 em 2025, reiterando a recomendação de compra dos papéis. A projeção representa uma perspectiva de alta de 38% em relação à cotação dos papéis no fechamento do último pregão, na sexta-feira (8), quando estavam em R$ 15,91. Nesta segunda-feira (11), às 14h37, as ações da TIM eram negociadas a R$ 16,53, alta de 3,90%, enquanto o Ibovespa subia 0,05%.
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A revisão nas estimativas ocorreu após a operadora mostrar um balanço mais forte do que o esperado no terceiro trimestre, o que levou os analistas a ampliarem suas projeções para o fluxo de caixa da empresa.
“Estamos atualizando nossas estimativas para a TIM após os resultados do terceiro trimestre. Revisamos nossas previsões de fluxo de caixa operacional para cima para todos os anos (2024 a 2026) devido ao Ebitda maior e ao investimento menor”, descreveram os analistas Carlos Sequeira e Osni Carfi, em relatório do BTG Pactual.
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Os analistas estimaram que o fluxo de caixa deve crescer ainda mais nos próximos anos em virtude do avanço da receita acima da inflação, enquanto as margens devem ficar estáveis ou até subir um pouco. Por sua vez, a intensidade do investimento tende a desacelerar.
Para o curto prazo, a TIM vai apresentar dividendos “massivos”, na ordem de aproximadamente 17% do valor de mercado da companhia, dentro do guidance (meta oficial), apontaram os analistas. O time do BTG Pactual também apontou que a operadora está gerando significativamente mais caixa do que sinalizou para o pagamentos de dividendos.
A geração de caixa estimada está na ordem de R$ 15,9 bilhões no triênio de 2024 a 2026, enquanto o guidance de dividendos para o período vai de R$ 11,8 bilhões a 12,2 bilhões. “Acreditamos que essa diferença pode ser usada para fusões e aquisições ou para o pagamento de dividendos extraordinários”, estimaram os analistas.
No seu relatório, os analistas do BTG Pactual reiteraram ainda a visão de que o segmento de telefonia e internet móveis segue com uma competição mais racional, o que tem permitido ás operadoras reajustarem os preços dos planos. Esse cenário deriva da compra e fatiamento da Oi Móvel por Vivo, Claro e TIM.
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“O cenário mais racional parece ter vindo para ficar, dando o suporte necessário para que as empresas continuem a repassar a inflação aos preços”, citaram. Além disso, a redução do número de operadoras no mercado móvel teve um impacto importante na redução da rotatividade (churn) de clientes do setor. “Taxas de rotatividade reduzidas significam menores custos de aquisição de clientes e melhor lucratividade”.
Ainda que a receita da TIM esteja superando a inflação, por outro lado, o avanço tem sido menor que o das concorrentes Vivo e Claro, observaram os analistas. Na sua avaliação, a razão para isso não está totalmente clara. Uma das hipóteses é que a TIM tem uma porção maior da base de clientes no setor pré-pago – ou seja, com menor poder aquisitivo.