A cotação do dólar hoje fechou em queda em relação ao real, acompanhando o desempenho negativo da moeda americana no exterior. A divisa encerrou o pregão desta segunda-feira (18) em baixa de 0,70% a R$ 5,7474, depois de variar entre máxima a R$ 5,7997 e mínima a R$ 5,7365.
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O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis pares fortes, recuou, exibindo desvalorização de 0,41%, aos 106,245 pontos, ao final da tarde.
O real foi beneficiado pelo enfraquecimento da moeda americana no mercado global, em movimento de realização de lucros após a escalada na semana passada, impulsionada pela reação dos investidores à vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
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Outro fator que pesou contra o dólar nesta segunda-feira foi a valorização das commodities no exterior. Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta acima de 3% no pregão, em uma sessão marcada pela intensificação de riscos geopolíticos no Oriente Médio, com os desdobramentos dos conflitos entre Rússia e Ucrânia e no Oriente Médio aumentando o temor pelo suprimento da commodity.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para dezembro fechou em alta de 3,36%, a US$ 69,17 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 3,18%, a US$ 73,30 o barril. Em linha com esse movimento, o contrato mais negociado do minério na Bolsa de Cingapura, com entrega prevista para dezembro de 2024, encerrou em valorização de 2,52% nesta segunda-feira, cotado a US$ 99,15.
Pacote de corte de gastos segue no radar
Em entrevista à emissora CNBC, gravada na sexta-feira (15) e exibida no domingo (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o pacote de cortes de gastos “está fechado” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que o anúncio ocorrerá “brevemente”.
“Está fechado com o presidente o conjunto de medidas. Nós vamos anunciar brevemente, porque está faltando a resposta de um ministério”, declarou. Questionado se poderia revelar o ministério, Haddad respondeu: “Posso. O Ministério da Defesa. Nós tivemos boas reuniões com o ministro (José Múcio) e com os comandantes das forças.”
Devido à ocorrência do G20 no Brasil e o feriado do Dia da Consciência Negra na quarta-feira (20), as apostas são de que o anúncio ficará para quinta-feira (21) ou sexta-feira (22).
Além das expectativas em relação ao pacote fiscal, investidores também monitoraram a última edição do Boletim Focus, cuja mediana para a cotação do dólar no fim de 2024 subiu pela quinta semana seguida, de R$ 5,55 para R$ 5,60. Um mês antes, ela estava em R$ 5,42. A estimativa intermediária para o fim de 2025 também aumentou, de R$ 5,48 para R$ 5,50. Quatro semanas antes, estava em R$ 5,40.
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O mercado voltou a aumentar as projeções para a moeda em horizontes mais longos. A mediana para o fim de 2026 passou de R$ 5,40 para R$ 5,47, contra R$ 5,30 há um mês. A projeção para 2027 subiu de R$ 5,40 para R$ 5,45, de R$ 5,30 quatro semanas antes.
O dólar cai 0,58% em novembro. No ano, a moeda acumula ganhos de 18,42% em relação ao real.
*Com informações do Broadcast