A Black Friday de 2024 acontece em 29 de novembro. Considerada uma das datas mais importantes para o comércio, o dia é a oportunidade do varejo vender produtos que não foram comercializados ao longo do ano. São itens que podem ser ofertados com promoções e descontos exclusivos. Por outro lado, a Black Friday também acende o alerta para fraudes e venda de produtos falsificados, que impactam não só a economia formal, mas também a segurança dos consumidores.
Leia também
Em períodos de grande movimentação no comércio, como a Black Friday e Natal, é muito comum que criminosos usem de estratégias para iludir o consumidores com propagandas enganosas, sobretudo em sites fraudulentos.
Foi pensando nisso que o E-Investidor conversou com especialistas, agentes do Procon e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para reunir as principais dicas para se proteger e aproveitar a data com segurança.
Como se proteger de golpes e fraudes na Black Friday
1. Desconfie dos descontos
Apesar de a data ser marcada por grandes descontos, alguns podem se mostrar exagerados e fora do comum. Produtos específicos com uma grande vantagem no preço podem mascarar, no varejo online, links fraudulentos que roubem seus dados ou te conduzem a uma compra insegura.
Publicidade
Conteúdos e análises exclusivas para ajudar você a investir. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Para isso, a assessora técnica da Diretoria de Atendimento do Procon, Renata Reis, recomenda acompanhar o produto com antecedência para avaliar a variação dos preços. A especialista afirma que já chegou a encontrar descontos de 90% em produtos supervalorizados, como eletrodomésticos. “É preciso desconfiar dessas promoções da Black Friday com descontos muito altos”, diz.
Já Bianca Lobo, advogada e coordenadora do Núcleo de Contencioso Cível da Nelson Wilians Advogados, recomenda comparar os preços com outros sites para identificar possíveis golpes e falsificações.
2. Pesquise o histórico da loja
Antes de efetuar a compra na Black Friday, é importante checar algumas informações do fornecedor do produto, como tempo de atuação no mercado. Além disso, o consumidor deve verificar se o item respeita a determinação do Decreto do Comércio Eletrônico, que exige o fácil acesso ao nome completo da loja, CNPJ, endereço físico, endereço eletrônico e o SAC. Mais: cheque se há outros consumidores avaliando esses produtos em aplicativos e sites oficiais.
3. Busque portais autenticados
Priorize a navegação em sites oficiais das marcas ou de revendedores autorizados. “Prefira digitar diretamente o endereço da loja no navegador, evitando clicar em links suspeitos enviados por e-mail, redes sociais ou mensagens de texto, que podem redirecionar para sites fraudulentos”, afirma advogada Lobo.
A assessora do Procon lembra ainda da importância de não clicar em links em mensagens que você não conhece. Quanto ao endereço eletrônico, é válido observar se o site apresenta o “https” e também o cadeado, indicadores de segurança.
4. Atente-se aos momentos finais da compra
Antes de confirmar uma compra e realizar o pagamento, é importante que o consumidor cheque as informações como nome da empresa e CNPJ. “Nesse momento final, é preciso respirar fundo, ter tranquilidade para conferir esses dados e não cair no golpe”, afirma Renata.
Como reconhecer operações fraudulentas
Algumas estratégias usadas por golpistas podem apresentar similaridades e acender o alerta do consumidor. O diretor-adjunto de Serviços da Febraban, Walter Faria, destaca o fator de urgência das propagandas e promoções fraudulentas.
“São aqueles casos em que ‘se você não fizer isso agora, vai ter sua conta bloqueada’ ou ‘se você não fizer isso agora, você não vai obter o produto com esse desconto'”, exemplifica Faria.
Publicidade
Já outras iniciativas buscam convencer o consumidor de que se tratam de órgãos oficiais, como ligações telefônicas se passando por algum banco. Nesses casos, o golpista diz que sua conta teve algum problema, compra indevida ou uma movimentação incorreta e pede que você passe seus dados financeiros ou faça alguma transferência para regularizar a conta.
“São golpes que utilizam engenharia social para que a pessoa acabe por passar seus dados financeiros, inclusive senha, e acabe perdendos seus recursos da conta”, afirma diretor-adjunto da Febraban.
Nesta reportagem, o E-Investidor mostra os principais golpes praticados na Black Friday e quais iniciativas tomar após ser vítima de uma operação fraudulenta.
Ferramentas úteis para aproveitar os descontos com tranquilidade
Alguns materiais podem oferecer subsídios para checar a veracidade das lojas e auxiliar os consumidores na Black Friday.
O Procon reuniu os principais portais fraudulentos no “evite esse site“. “São todos os sites que fazem oferta pelo comércio eletrônico e que tiveram reclamações no Procon, que não mandaram resposta e/ou não apresentaram solução para o consumidor”, afirma Renata.
Publicidade
Já o Febrabran disponibiliza dicas de segurança em seu site para evitar golpes e fraudes. A Federação também explica o que fazer caso tenha sido vítima de alguma operação fraudulenta. Dessa forma será possível aproveitar os descontos da Black Friday com maior segurança.