O Goldman Sachs rebaixou a recomendação para as ações do Banco do Brasil (BBAS3) para neutro, com preço-alvo de R$ 26, o que representa um potencial de valorização de 3,3% sobre o fechamento de ontem.
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O banco espera esperam um cenário mais desafiador para o crescimento dos lucros da empresa, considerando a deterioração da qualidade dos ativos e uma desaceleração no crescimento do NII (margem financeira líquida).
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Em relatório, os analistas Tito Labarta, Tiago Binsfeld, Betriz Abreu e Lindsey Shema destacam que preveem um crescimento de lucros de 3% para o BB em 2025, abaixo da média de 17% de pares do setor privado. Para eles, o crescimento mais fraco dos empréstimos pode reduzir o ritmo de expansão do NII, bem como o maior peso de linhas de crédito garantidas e custos de captação mais elevados devido à taxa Selic alta.
Por outro lado, os analistas observam que taxas mais altas podem beneficiar os resultados da tesouraria e os spreads (sobretaxa) de crédito, embora ainda não tenham visto um ponto de inflexão após vários trimestres de compressão nos spreads.
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Além disso, os NPLs (créditos não performados) rurais e renegociados, a menor relação de cobertura e o aumento de pedidos de recuperação judicial limitam o espaço para redução do custo de risco.
Na visão do Goldman Sachs, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) estão sendo negociadas a um múltiplo de 3,6 vezes o preço sobre o lucro (P/L) estimado para 2025, cerca de 30% a 40% abaixo dos pares do setor privado. “Assim, acreditamos que o desconto dificilmente diminuirá no curto prazo, considerando o crescimento mais modesto dos lucros e o declínio do ROE do Banco do Brasil”, escrevem os analistas.
* Com informações do Broadcast