

Os contratos futuros de cobre fecharam em leva alta nesta sexta-feira (6), com perspectivas para a demanda no radar. A queda nos custos de tratamento ganhou a atenção do mercado nesta semana, podendo causar uma redução na quantidade de metal disponível. O dia encerra uma semana de ganhos para a commodity.
O cobre para março fechou em alta de 0,09%, a US$ 4,1965 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). O cobre para três meses era negociado em alta de 0,14%, a US$ 9.102,50 a tonelada, na London Metal Exchange (LME), por volta das 15h05 (de Brasília). Na semana, houve alta de 1,44% e 0,97%, respectivamente.
Os preços do cobre subiram devido às perspectivas de redução da oferta no próximo ano, mas continuam a ser negociados numa faixa estreita. “Os custos de tratamento de cobre foram fixados no nível mais baixo já registrado, em US$ 21,25 a tonelada”, dizem analistas da ANZ Research. “Isso vai contra um nível de equilíbrio para as fundições chinesas de US$ 35 a US$ 40 por tonelada, o que significa que muitas fundições terão prejuízos e interromperão seu processamento”, avaliam.
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As taxas de tratamento são taxas pagas às fundições pelo processamento do cobre – uma etapa fundamental quando o minério de cobre bruto é transformado em metal refinado. Taxas baixas significam que as fundições podem não estar produzindo o suficiente para cobrir os seus custos, o que poderia potencialmente levar a uma redução na capacidade de processamento de cobre e a perturbações na cadeia de abastecimento.
Se espera que os preços do cobre experimentem uma volatilidade substancial no próximo ano, de acordo com analistas da BMI. A esperada força do dólar americano e as mudanças nas políticas comerciais sob a presidência de Donald Trump são vistas como grandes obstáculos para o metal vermelho. Entretanto, as perspectivas continuam fortemente dependentes da evolução do mercado no principal consumidor da China, com os comerciantes acompanhando de perto as medidas de estímulo para relançar a economia. A BMI prevê que o metal terá uma média de US$ 9.300 por tonelada neste ano e US$ 10.000 por tonelada no próximo.
No mesmo horário, a tonelada do alumínio caía 1,33%, a US$ 2.603,00. A do estanho recuava 0,56%, a US$ 29.080,00. A do zinco tinha baixa de 1,21%, a US$ 3.070,50. A tonelada do chumbo tinha queda de 1,57% a US$ 2.065,00. E o níquel tinha alta de 0,82%, a US$ 16.055,00.
Com informações Dow Jones Newswires.
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