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CVM abre processo para investigar denúncia do Itaú (ITUB4) contra ex-CFO e contador

Esta é a primeira fase de uma investigação do regulador, sem um prazo específico para terminar

CVM abre processo para investigar denúncia do Itaú (ITUB4) contra ex-CFO e contador
Itaú. (Foto: Daniel Teixeira/Estadão)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu nesta segunda-feira (9) processo administrativo para investigar as denúncias do Itaú Unibanco (ITUB4) contra o ex-diretor-financeiro (CFO) Alexsandro Broedel e o contador Eliseu Martins.

O processo foi aberto na unidade de gerência de acompanhamento de empresas da CVM e vai buscar mais informações a partir de notícias divulgadas pela imprensa ou comunicações por parte de uma empresa aberta, como fato relevante ou comunicado ao mercado.

Esta é a primeira fase de uma investigação do regulador, sem um prazo específico para terminar. Com o processo administrativo, a CVM pode requisitar documentos e acesso ao processo aberto pelo banco contra Broedel, ele que já foi da própria CVM no passado.

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No sábado, fontes já falavam da possibilidade de abertura deste processo, um passo normal do regulador após informações relevantes irem a mercado. “O banco fez as denúncias e agora a CVM vai investigar”, disse um interlocutor.

O Itaú já havia comunicado o Banco Central e a CVM das investigações que fez sobre Broedel e a sociedade que tinha com professor da Universidade de São Paulo (USP) Eliseu Martins, um dos maiores especialistas em contabilidade do Brasil. Tanto Broedel quanto Eliseu Martins negaram as acusações. O ex-CFO classificou as acusações de “infundadas e sem sentido”. Martins ressaltou que os trabalhos prestados ao Itaú durante sua gestão foram de “pareceres técnicos e consultoria”.

Segundo as investigações do banco, Broedel agiu em conflito de interesse ao autorizar a contratação e o pagamento de 40 pareceres contábeis confeccionados por Martins. O ex-CFO é sócio de Martins em uma empresa, mas teria omitido essa sociedade do banco. Em nota, o Itaú afirmou que os valores pagos indevidamente entre 2019 e 2024 somaram R$ 13,3 milhões.

O processo aberto nesta segunda-feira tem o número 19957.020869/2024-85. Um segundo passo da CVM, caso haja alguma conduta irregular do Itaú, pode ser a abertura do chamado processo administrativo sancionador, que avalia infrações às regras e instruções da CVM.

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Procurada, a CVM não se manifestou nesta segunda-feira, e informou que não comenta casos específicos.