Na agenda econômica desta quarta-feira (18), dia de decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre a taxa de juros nos Estados Unidos, os destaques do cenário corporativo doméstico ficam com a Hapvida, que criticou as propostas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos de saúde coletivos, enquanto a Azul anunciou o lançamento de ofertas de troca de dívida.
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Já a Oi obteve aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a venda de seu negócio de banda larga, enquanto a Ambev informou a nomeação de seu novo diretor-financeiro (CFO) e o Carrefour concluiu captações no valor de R$ 3 bilhões.
No Brasil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participaria de uma live de balanço sobre seu mandato, mas o evento foi adiado para sexta-feira (20), e o Tesouro realiza leilões de compra e venda de títulos públicos, com as condições a serem divulgadas ao longo do dia. Na agenda internacional, os investidores aguardam a decisão de política monetária do Fed, que será divulgada às 16h, seguida de coletiva de imprensa com o presidente da instituição, Jerome Powell.
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Entre as commodities, o minério de ferro registrou queda de 2,63% na Bolsa de Dalian, cotado a 778,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 106,87, enquanto o petróleo opera em alta: o Brent avança 0,36%, a US$ 73,55 por barril, e o WTI sobe 0,40%, cotado a US$ 70,48.
Confira os destaques de empresas do mercado hoje que você precisa saber
Hapvida (HAPV3)
A Hapvida divulgou na noite de terça-feira (17) críticas aos resultados dos estudos relacionados ao aprimoramento dos planos de Saúde coletivos divulgados pela ANS, com destaque para a definição do tamanho do agrupamento do pool de risco e definição de parâmetros para cláusula de reajuste. Na terça-feira (17) a ação da empresa caiu mais de 11% em razão das propostas da agência.
Azul (AZUL4)
A Azul lançou ofertas de troca de dívida como parte da implementação de suas transações de reestruturação e recapitalização abrangentes anunciadas anteriormente. Entre as ofertas está a da Azul Secured Finance LLP (emissora) aos detentores elegíveis de suas notas sêniores garantidas em uma base de primeiro grau, com vencimento em 2028 e juros de 11,930% (Notas 1L) para trocá-las por novas notas sêniores garantidas em primeiro grau, com mesmo vencimento em 2028 e juros de 11,930% (Novas Notas 1L).
Oi (OIBR3)
A Oi, em recuperação judicial, informou na noite de terça-feira (17) que a Anatel aprovou a aquisição, pela V.tal – Rede Neutra de Telecomunicações, da totalidade das ações da UPI ClientCo, a unidade de banda larga da empresa.
Cemig (CMIG4)
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, confirmou que usará a privatização da Cemig e Copasa (CSMG3) para tentar repassar participações das estatais à União. Com isso, pretende reduzir a dívida com o governo federal, assim como os juros pagos sobre esse montante. As propostas de privatização foram apresentadas no último dia 14 à Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Além disso, a Cemig distribuirá R$ 560,143 milhões como juros sobre capital próprio (JCP), a R$ 0,19 por ação. No dia 26, as ações passam a ser negociadas “ex-JCP”.
Minerva (BEEF3) e Marfrig (MRFG3)
Minerva e Marfrig informaram que o Ministério de Economia e Finanças do Uruguai bloqueou a compra de três estabelecimentos industriais de propriedade de controladas da Marfrig no país. A decisão segue a autoridade concorrencial uruguaia. A Minerva diz que analisa a decisão e seus efeitos sobre a operação no Uruguai, assim como avalia possíveis medidas e ações cabíveis a serem adotadas.
BRF (BRFS3)
Ainda no setor, BRF anunciou a aquisição de 50% do capital social da Gelprime, especializada na produção de gelatina e colágeno, em Londrina (PR). O investimento, de R$ 312,5 milhões, reforça a estratégia da companhia de ampliar a participação em produtos de maior valor agregado por meio da BRF Ingredients, disse a empresa.
Além disso, a S&P alterou a perspectiva do rating (avaliação que mostra o risco de crédito de uma empresa) de crédito de emissor de longo prazo da BRF na escala global de estável para positiva, com destaque para a expectativa de redução da alavancagem da companhia. Os ratings “BB” na escala global e “brAAA” na escala nacional foram reafirmados, refletindo o desempenho consistente da empresa em meio à recuperação de margens e controle de custos.
Brava Energia (BRAV3) e PetroReconcavo (RECV3)
A Brava Energia, empresa resultante da fusão de Enauta e 3R Petroleum, informou ao mercado que seu Conselho de Administração recomendou a contratação de uma assessoria financeira para avaliação de potencial parceria ou venda de ativos.
Nesse processo de revisão de portfólio, o Broadcast apurou que outros campos no balcão da Brava Energia estão localizados na Bahia. Haveria quatro empresas interessadas nos ativos da empresa no Recôncavo Baiano, entre as quais a Petrorecôncavo. Segundo a fonte, ainda não há um perímetro definido para as vendas do onshore da Brava, cuja abrangência vai depender mais do interesse de potenciais compradores.
Weg (WEGE3) e TIM (TIMS3)
A Weg apagará R$ 334.653.651,34 em juros sobre capital próprio (JCP), a R$ 0,06 por ação. No dia próximo dia 23, as ações serão negociadas “ex-JCP”. Já a TIM distribuirá R$ 650 milhões a título de JCP, a R$ 0,26 por ação. As ações passam a ser negociadas “ex” a partir de 24 de dezembro.
Itaúsa (ITSA4) e Raízen (RAIZ4)
A BlackRock aumentou sua participação acionária na Itaúsa, passando a deter 357.568.252 ações preferenciais, ou 5,023% do total. O Norges Bank passou a administrar 68.474.347 ações preferenciais da Raízen, ou 5,04% do total.
Allos (ALOS3)
A Allos distribuirá R$ 153 milhões em proventos, entre JCP, dividendos intercalares e intermediários. A Allos também informou que os fundos geridos pela Guepardo Investimentos passaram a deter em conjunto 27.166.600 ações ordinárias da empresa. O montante representa 5,004% do seu capital social.
EcoRodovias (ECOR3)
A EcoRodovias, sua controlada direta Ecorodovias Concessões e Serviços e a sua controlada indireta Eco101 informaram, que foi celebrado o sexto Termo Aditivo ao Contrato de Concessão, firmado pela Eco101 com a União. Com isso, o termo prorroga em mais 180 dias, contados a partir de 23 de dezembro deste ano, a suspensão de eficácia do terceiro Termo Ativo.
Ambev (ABEV3)
A Ambev elegeu Guilherme Fleury Parolari para assumir como CFO da empresa. O executivo assumirá a função no dia 1º de abril de 2025. O cargo era ocupado por Lucas Lira, que deixa a função depois de duas décadas dedicadas à Ambev.
Carrefour (CRFB3)
O Carrefour concluiu captações de R$ 3 bilhões, para alongar o perfil de sua dívida e antecipar renegociações dos compromissos financeiros previstos para 2025. De acordo com a varejista, a captação foi feita por meio da emissão de debêntures institucionais e empréstimos bilaterais com bancos estrangeiros.
Eletrobras (ELET3; ELET6)
A Advocacia-Geral da União (AGU) e a Eletrobras pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) prorrogação por mais 60 dias, ou seja, até fevereiro de 2025, do prazo para finalizar as negociações sobre a participação da União na companhia. O último prazo venceu na terça-feira (17). Na petição, as partes se comprometem a entregar o termo de conciliação ao Supremo até fevereiro de 2025, antes da eleição da nova composição dos conselhos de administração e fiscal da Eletrobras.
A possibilidade de prorrogação havia sido antecipada pelo Broadcast. De acordo com uma fonte do governo, o principal ponto de discordância para um acordo é a situação da Eletronuclear. Na terça-feira (17), as ações da Eletrobras fecharam em altas de 0,40% (ON) e 1,38% (PNB). NO final da noite, a Eletrobras confirmou a decisão por meio de comunicado ao mercado.
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