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Treasuries fecham mistos após taxas tocarem maior nível desde maio

Sessão repercutiu a publicação de indicadores de atividade mais forte nos EUA e a decisão de juros do BC

Treasuries fecham mistos após taxas tocarem maior nível desde maio
Juros (Foto: Adobe Stock)

Os juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) operaram sem sinal único nesta quinta-feira (19), com recuo na ponta curta e avanço nos mais longos. Neste caso, os rendimentos chegaram a tocar suas máximas desde maio, antes de perderem o fôlego. Além da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de cortar juros em sua última reunião do ano, mas indicar uma postura com menor redução de taxas em 2025 diante de uma inflação mais elevada, a sessão repercutiu a publicação de indicadores de atividade mais forte no país. No cenário, esteve ainda a postura do presidente eleito Donald Trump sobre a dívida americana.

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caia a 4,313%, o da T-note de 10 anos tinha alta a 4,569% e o do T-bond de 30 anos avançava a 4,743%.

Os rendimentos dos títulos do Treasuries aumentaram à medida que os dados de emprego e de atividade corroboraram a noção de que a economia dos EUA permanece forte, estabelecendo um limite mínimo para o nível de redução das taxas de juro. Os pedidos semanais de subsídio de desemprego caíram mais do que o esperado, indicando que os empregadores continuam capazes de evitar demissões. O PIB do terceiro trimestre foi revisado de 2,8% para 3,1%.

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O Bank of America aponta que o um Fed menos pacífico é má para os investidores técnicos. A demanda mais forte destes investidores de em 2024 ocorreu durante o primeiro e o terceiro trimestre, à medida que as perspectivas para o Fed se tornavam mais pacíficas. Embora os rendimentos fossem mais baixos, os investidores queriam mantê-los antes que caíssem ainda mais, aponta. Agora, as perspectivas para o Fed estão se tornando mais agressivas, e os riscos de taxas elevadas deverão ser negativos para a demanda técnica, apesar dos rendimentos mais elevados. Segundo o banco, não é de surpreender que a curva de rendimento tenha se achatado. “Os preços de mercado implicam agora 1,3 cortes em 2025, em comparação com dois cortes previstos pelos nossos economistas”, indica.

Trump disse hoje que o Congresso deveria se livrar do teto da dívida, um dia depois de se manifestar contra um acordo alcançado pelos legisladores para financiar o governo antes que ocorra uma paralisação. Em entrevista à NBC News, Trump disse que se livrar totalmente do teto da dívida seria “a coisa mais inteligente que o Congresso poderia fazer”.

Com informações Dow Jones Newswires.