As ações do IRB (IRBR3) foram o grande destaque positivo do Ibovespa nesta quinta-feira (26). Os papéis do ressegurador saltaram 11,30%, terminando o dia cotados a R$ 42,85. Ao longo do pregão, oscilaram entre máxima a R$ 43,58 e mínima a R$ 39,20. O movimento repercutiu um relatório do BTG Pactual que indicou os ativos da companhia como uma das “melhores apostas” para 2025.
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O banco vê a ação do IRB descontada atualmente em comparação com outras seguradoras. “Esperamos que os resultados de subscrição continuem melhorando em 2025, o que combinado com uma Selic muito maior significa que acreditamos que o IRBR3 está sendo negociado a um P/L (preço sobre lucro) muito baixo de 5,5 vezes, com base em lucros conservadores”, destaca o relatório do BTG Pactual.
Operacionalmente, o banco acredita que o IRB continua o seu longo processo de recuperação, com uma melhoria contínua nos resultados a cada trimestre. O entendimento é de que a empresa segue dando prioridade à lucratividade em vez do crescimento, com renovações de contratos a bons preços. Isso se reflete no índice combinado, que mede a capacidade de geração de resultado operacional da companhia. Nos últimos 12 meses, esse indicador ficou em 102%, apesar do impacto da crise climática no Rio Grande do Sul.
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Em termos financeiros, o IRB tem R$ 8,5 bilhões em ativos regulatórios, que se beneficiam de uma maior Selic média no próximo ano, na visão do BTG. Vale lembrar que o Comitê de Política Monetária (Copom) já sinalizou que deve fazer dois aumentos de 1 ponto percentual na taxa básica de juros brasileira nas primeiras reuniões de 2025.
À medida que a companhia continua a melhorar seus resultados, o BTG também espera que o IRB comece a pagar dividendos no próximo ano, uma vez que tenha eliminado os prejuízos acumulados em seu balanço. A visão é mais otimista que a do próprio CEO da empresa, Marcos Falcão. Em teleconferência de resultados do terceiro trimestre, o executivo disse ser “mais realista” pagar dividendos em 2026, não em 2025.
Recomendação do BTG para IRBR3
Em seu relatório, o BTG reiterou a recomendação de compra para IRBR3, com preço-alvo de R$ 56,50 para os próximos 12 meses, o que representa um potencial de valorização de aproximadamente 32% em relação à cotação atual. O sentimento positivo é impulsionado pelo aumento da taxa Selic e por uma recuperação contínua no desempenho da receita devido à crescente demanda por seguros e resseguros, devido aos efeitos climáticos.
“Essa perspectiva positiva em relação ao IRB (IRBR3) é ainda mais reforçada por nossa confiança aprimorada na equipe de gestão, liderada pelo CEO Marcos Falcão e pelo vice-presidente de Resseguros, Daniel Castillo”, afirma também o BTG.