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Fabricio Tota

10 tendências que moldarão o mercado cripto em 2025 – Parte 2

Estes temas ilustram um mercado em constante transformação, em que inovação e adaptação caminham lado a lado

O bitcoin é a maior criptomoeda em valor de mercado (Foto: Adobe Stock)
O bitcoin é a maior criptomoeda em valor de mercado (Foto: Adobe Stock)

No primeiro artigo, exploramos cinco grandes tendências que prometem moldar o mercado de criptomoedas em 2025, baseando-nos no relatório “10 Teses para 2025”, elaborado pela equipe de research do Mercado Bitcoin.

Agora, na segunda parte, completamos o panorama com mais cinco temas fundamentais, que destacam desde avanços tecnológicos, como o Firedancer da Solana, até desafios críticos, como os crescentes riscos de hacks. Estas tendências ilustram um mercado em constante transformação, em que inovação e adaptação caminham lado a lado.

1. Ethereum sob pressão: o desafio de manter a liderança

Enquanto o Bitcoin, como protocolo, muda pouco, a rede Ethereum é dinâmica e está em constante evolução. Um dos marcos mais significativos foi a transição do modelo de Proof of Work (PoW) para Proof of Stake (PoS), concluída com a atualização The Merge, em setembro de 2022. Essa transformação, realizada com “o avião em pleno voo”, não apenas reduziu drasticamente o consumo de energia da rede, mas também preparou o terreno para melhorias futuras em escalabilidade e eficiência.

Embora o Ethereum permaneça como a principal plataforma para contratos inteligentes, 2025 promete trazer desafios significativos. O avanço das soluções de Layer 2, como Arbitrum e Optimism, está tornando as transações mais rápidas e acessíveis, mas também cria um ecossistema onde essas redes secundárias se tornam quase tão relevantes quanto a rede principal.

Além disso, a competição com outras blockchains, como Solana exerce uma pressão constante para que o Ethereum continue inovando. Atualizações como a Dencun, que promete melhorar a escalabilidade e reduzir taxas de forma significativa, serão fundamentais para manter o Ethereum na liderança do mercado de contratos inteligentes.

Do ponto de vista de desempenho de preço, a comparação com o Bitcoin em 2024 chama a atenção. Enquanto o BTC teve uma valorização impressionante de 179%, o ETH subiu “apenas” 85% — um retorno significativo, mas que, frente ao Bitcoin, pode ser considerado aquém das expectativas. Esses números destacam a necessidade de o Ethereum continuar se adaptando e entregando soluções inovadoras para sustentar sua relevância no mercado cripto em 2025.

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Embora sua posição como a segunda maior capitalização de mercado ainda esteja longe de ser ameaçada, o Ethereum perdeu um pouco do brilho entre os analistas, já que poucas das principais apostas para 2025 incluem a cripto criada por Vitalik Buterin. Para recuperar esse protagonismo, será fundamental que o Ethereum prove que continua sendo uma plataforma essencial e líder no desenvolvimento de soluções no universo blockchain.

2. A expansão dos ETFs de criptoativos

A aprovação dos ETFs de Bitcoin spot em 2024 foi um marco que redefiniu o mercado de criptoativos. O iShares Bitcoin Trust (IBIT), da BlackRock, tornou-se o ETF de lançamento mais bem-sucedido da história, atingindo impressionantes US$ 50 bilhões em ativos sob gestão em apenas 11 meses. Esse recorde não apenas solidificou o Bitcoin acima de US$ 100 mil pela primeira vez, mas também atraiu uma nova onda de investidores que antes se mantinham céticos em relação ao cripto.

O crescimento do IBIT foi tão rápido que ele já supera o ETF de ouro da BlackRock, que antes era o segundo maior do mundo. Para um mercado gerido por uma instituição que administra mais de US$ 10 trilhões em ativos, esse movimento é um selo de aprovação para o setor cripto.

Com um início tão promissor, 2025 deve ser o ano em que ETFs de outras criptomoedas, como Solana (SOL) e XRP (Ripple), entram em cena. Essa diversificação permitirá que investidores tradicionais acessem uma gama mais ampla de ativos digitais de maneira regulada e segura, expandindo significativamente o mercado.

A introdução de ETFs de altcoins pode trazer impactos profundos. Além de ampliar a capitalização dessas redes, esses instrumentos podem catalisar a adoção institucional de altcoins bem fundamentadas, posicionando-as como ativos estratégicos ao lado do Bitcoin.

3. Solana e o Firedancer: escalabilidade sem precedentes

A Solana continua a consolidar sua posição como uma das principais blockchains do mercado e, em 2025, o lançamento do Firedancer promete revolucionar sua escalabilidade. Desenvolvido pela Jump Crypto, o Firedancer é um “client” alternativo para a rede Solana, projetado para atingir a impressionante marca de 1 milhão de transações por segundo (TPS).

Esse avanço coloca a Solana em um patamar tecnológico único, oferecendo uma infraestrutura robusta para suportar aplicações descentralizadas (dApps) de alta demanda, como jogos em blockchain, mercados de NFTs e plataformas de finanças descentralizadas. Além disso, o Firedancer aumenta a descentralização da rede ao diversificar os operadores de nós, tornando-a mais resiliente a falhas e ataques.

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O impacto disso vai além da eficiência técnica. A Solana está se tornando um dos hubs mais atraentes para desenvolvedores, criando um ambiente competitivo com alternativas como a já citada rede Ethereum. O sucesso de uma blockchain depende da sua capacidade de escalar sem comprometer a descentralização, e o Firedancer parece entregar exatamente isso.

4. Hacks & Exploits: o lado sombrio do avanço tecnológico

Nem tudo são flores no mundo cripto. Com o crescimento exponencial do mercado, os “honeypots” também aumentam consideravelmente. Por essa razão, o número de hacks também deve aumentar. Em 2025, estima-se que os ataques possam causar perdas da ordem de US$ 10 bilhões, com hackers cada vez mais utilizando ferramentas de inteligência artificial para identificar vulnerabilidades em contratos inteligentes, exchanges e carteiras.

Esses ataques não apenas comprometem os ativos que são alvos dos atacantes, mas também prejudicam a confiança no mercado. No entanto, o avanço das tecnologias de segurança, como auditorias automatizadas por IA e soluções de monitoramento on-chain, está ajudando a combater essas ameaças de forma eficiente.

Em tempo, a proliferação de ferramentas de IA coloca um novo desafio significativo para as plataformas de ativos digitais: lidar com os deep fakes nos processos de identificação de clientes (KYC). Em cripto, segurança é prioridade absoluta e um pilar inegociável para a maioria das plataformas. E precisa continuar assim.

5. Mobile e blockchain: conectando bilhões de usuários

A interação entre blockchain e dispositivos móveis pode ser um dos grandes impulsionadores da adoção em massa em 2025. Projetos como o Jambo e o Solana Saga, smartphones blockchain-ready, exemplificam essa tendência ao trazer aplicativos descentralizados (dApps) e carteiras digitais diretamente para o dia a dia dos usuários.

Com mais de 100 milhões de novos usuários esperados até 2025, o ecossistema blockchain está se tornando mais acessível do que nunca. A ideia de que “o celular será sua chave para o mundo cripto” é a grande promessa do segmento.

Conclusão

As cinco tendências destacadas aqui, junto às exploradas na primeira parte, mostram um mercado cripto em plena expansão e transformação. Entre avanços tecnológicos e novos paradigmas econômicos, 2025 será um ano decisivo. Para investidores e entusiastas, o momento é de acompanhar de perto e se preparar para um futuro no qual o cripto está cada vez mais integrado à economia global.

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E, claro, fazendo suas alocações significativas em criptoativos, algo ainda mais óbvio considerando os desafios atuais da economia tradicional.

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