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Petróleo fecha em alta impulsionado por expectativas de sanções e restrição na oferta

Commodity também vem sendo apoiada por renovadas sinalizações de uma demanda maior do que a antecipada

Petróleo fecha em alta impulsionado por expectativas de sanções e restrição na oferta
Petróleo. (Foto: Adobe Stock)

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (9), prosseguindo a escalada da commodity no ano, que segue as expectativas por maiores restrições na oferta, especialmente por eventuais novas sanções por tensões geopolíticas. Além disso, a matéria-prima vem sendo apoiada por renovadas sinalizações de uma demanda maior do que a antecipada.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de 0,81% (US$ 0,60), a US$ 73,92 o barril, enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,00% (US$ 0,76), a US$ 76,92 o barril.

A dinâmica ascendente dos preços do petróleo bruto no início do ano levou os analistas do Citi Research a aumentarem a sua estimativa do primeiro trimestre para os petróleos de referência, embora permaneçam pessimistas para o resto de 2025. “Os mercados petrolíferos se recuperaram devido a impactos geopolíticos potencialmente maiores sobre as exportações de petróleo do Irã e o clima frio impulsionando a demanda por aquecimento e afetando a oferta de petróleo dos EUA”, disse o Citi.

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O Citi revisou sua estimativa média para o Brent para US$ 71 por barril no primeiro trimestre, ante US$ 65 anteriormente, “uma vez que os compradores chineses recuaram mais do que o esperado na compra de petróleo iraniano, por enquanto”, disseram. Outras reduções também poderão ser observadas nas exportações russas de petróleo bruto. O Citi vê o WTI com uma média de US$ 67 por barril no primeiro trimestre, acima dos US$ 61 anteriores.

No entanto, o banco permanece pessimista em relação aos preços durante o resto do ano, prevendo que o Brent cairá para US$ 60 a partir do segundo trimestre, devido a aumentos de estoque maiores do que o normal. Os fatores geopolíticos “parecem ser mais motivados pelo sentimento, incluindo a possibilidade de potenciais sanções mais duras dos EUA ao Irã, o que limitaria o fornecimento”, disse o Citi. Mas a extensão em que a oferta será afetada, se for o caso, permanece especulativa até que a administração de Donald Trump tome posse, acrescentou.

Para a Capital Economics, vários riscos negativos merecem ser observados. “Afinal, no mercado petrolífero, colocamos as hipóteses de um grande pivô na política petrolífera por parte da Arábia Saudita, incluindo um cenário de inundação do mercado, na ordem dos 25-30% este ano. Embora as tensões entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que tinham aumentado em outubro, tenham acalmado mais recentemente, duvidamos que tenham desaparecido completamente”, avalia.

*Com informações Dow Jones Newswires.

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