Os contratos futuros do cobre fecharam em baixa nesta sexta-feira (10), mas encerraram a semana com ganhos. O metal foi pressionado hoje pela alta do dólar, que passou a operar fortalecido após a divulgação do payroll nos Estados Unidos. A criação de empregos bem acima do esperado reforçou a perspectiva por um menor relaxamento monetário por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) ao longo de 2025. Além disso, em uma perspectiva mais ampla, o mercado de metais aguarda as medida do governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e os impactos dos estímulos à economia chinesa, que focam em áreas vitais para a demanda, como o setor imobiliário.
O cobre para março fechou em baixa de 0,13%, a US$ 4,3040 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). O cobre para três meses era negociado em alta de 0,99%, a US$ 9.106,50 a tonelada, na London Metal Exchange (LME), por volta das 15h00 (de Brasília). Na semana, houve alta de 5,63% e 2,28%, respectivamente.
A criação de vagas nos Estados Unidos em dezembro muito acima das previsões colocou as expectativas para o corte de juros no país em compasso de espera nas vésperas do retorno de Trump à Casa Branca. Os sinais de que o mercado de trabalho no país pode estar ganhando força novamente fecha a última porta que faltava para que as taxas sejam mantidas em janeiro e diminui as chances para apenas uma redução em 2025.
Enquanto isso, os “participantes nos mercados de metais básicos estão prendendo a respiração. Em primeiro lugar, é a incerteza em torno da política tarifária de Trump, que está forçando uma abordagem de esperar para ver. E em segundo lugar, há também incerteza quanto ao futuro desenvolvimento econômico na China“, resume o Commerzbank.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do alumínio subia 0,98%, a US$ 2.573,00. A tonelada do chumbo tinha alta de 2,32% a US$ 1.981,50. A do níquel avançava 0,87%, a US$ 15.645,00. A do estanho tinha queda de 0,32%, a US$ 29.980,00. A do zinco tinha alta de 0,35%, a US$ 2.870,00.