Publicidade

Tempo Real

A fusão entre Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) pode afetar os minoritários? Instituto Empresa se posiciona

O Instituto diz que a operação poderia agravar a concentração de companhias abertas em setores estratégicos

A fusão entre Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) pode afetar os minoritários? Instituto Empresa se posiciona
A Azul e a controladora da Gol assinaram um memorando com o objetivo de explorar uma combinação de negócios. (Imagem: Carlos em Adobe Stock)

O Instituto Ibero-Americano da Empresa (Instituto Empresa) veio a público manifestar preocupação com os potenciais impactos negativos da possível fusão entre a Azul (AZUL4) e a Gol (GOLL4). De acordo com a entidade, a operação poderia agravar a concentração de companhias abertas em setores estratégicos e restringir a competitividade entre os investidores.

O Instituto explica que, para viabilizar a transação, é provável que haja emissão de novas ações, o que pode diluir a participação dos acionistas minoritários e comprometer a transparência e o equilíbrio das decisões societárias. “Os minoritários precisam de garantias claras de que seus direitos serão respeitados em um processo dessa magnitude. A ausência de medidas adequadas de proteção pode enfraquecer a confiança no mercado de capitais como um todo”, afirma Eduardo Silva, presidente do Instituto Empresa.

A entidade ressalta ainda que a concentração de mercado pode limitar a concorrência e reduzir as opções disponíveis aos consumidores, com possíveis aumentos de preços e impacto na qualidade do serviço. Nesta matéria, especialistas ouvidos pelo E-Investidor explicam se deve haver um aumento do preço das passagens aéreas com a fusão.

Direitos dos acionistas minoritários

O Instituto Empresa destaca que, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76), os acionistas minoritários têm o direito de participar das deliberações que envolvem reorganizações societárias, incluindo fusões e incorporações. Dependendo da estrutura do acordo entre Gol e Azul, poderá ser necessária a realização de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para proteger os minoritários em casos de mudança de controle ou saída de segmentos específicos de listagem na B3.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

A entidade espera que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e as demais autoridades reguladoras atuem para garantir que o processo de fusão entre a Azul e a Gol seja conduzido com a máxima transparência, proporcionando segurança aos investidores e estabilidade ao mercado. “O fortalecimento do mercado de capitais depende de processos claros e de governança que respeitem os interesses de todos os envolvidos, especialmente os minoritários”, reforça Silva.