O Ibovespa hoje abriu em leve alta com ajuda dos dados econômicos fortes da China e alta das commodities, que impulsionam ações de peso para o índice. Entretanto, a aversão ao risco no exterior em meio ao último pregão antes da posse de Donald Trump à Casa Branca limita os avanços do dia. Às 10h16, a principal referência da B3 sobe 0,02% aos 121.253,03 pontos.
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As medidas protecionistas que devem ser abordadas pelo governo Trump limitam os ganhos dos futuros das bolsas de Nova York, que já fecharam em queda ontem ao reagirem às falas de Scott Bessent, futuro secretário do Tesouro dos EUA. A liquidez reduzida em Wall Street pode contaminar o Ibovespa.
No entanto, o Produto Interno Bruto (PIB) fortalecido – em alta de 5% – na China, a alta do petróleo e minério de ferro, além do alívio na curva de juros beneficia diversas ações da carteira teórica do Ibov. É o caso das ações da Vale (VALE3) e da Petrobras, que representam grande peso para o índice. Os ativos da mineradora sobem 1,52%, enquanto PETR3 avança 0,07% e PETR4 recua 0,08% no horário mencionado.
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Os destaques de alta do índice são da Ultrapar (UGPA3), Braskem (BRKM5) e CSN (CSNA3), subindo 2,39%, 2,36% e 2,30%, respectivamente. Mais cedo, a Braskem anunciou a execução de sete projetos, no valor estimado de R$ 614 milhões, para ampliar a capacidade atual de produção em cerca de 139 mil toneladas na Bahia, no Rio Grande do Sul e em Alagoas, distribuídas entre polietileno (PE), PVC e outros produtos químicos.
Na ponta negativa do Ibovespa, Yduqs (YDUQ3) lidera as perdas ao recuar mais de 5% nesta manhã, enquanto Automob (AMOB3) e Brava (BRAV3) disputam o segundo e terceiro lugar do pódio caindo 2,86% e 2,17%, respectivamente.
O que movimenta o mercado hoje?
Posse de Trump e políticas protecionistas: o que o mercado teme?
O Produto Interno Bruto (PIB) da China aumentou 5% em 2024, atingindo a meta de crescimento do governo, as vendas no varejo e produção industrial no país em dezembro também superaram as previsões dando impulso às bolsas chinesas e ajudando a puxar o petróleo e os mercados de ações europeus.
O euro hesita e libra recua frente o dólar, após decepção com as vendas no varejo no Reino Unido e expectativas de flexibilização monetária pelo Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).
Nos Estados Unidos, os futuros das bolsas em Nova York sobem em meio a uma ampliação da queda dos juros dos Treasuries (títulos públicos americanos), que já vem cedendo nos vértices curtos e médios nas últimas três sessões, após dados de atividade e inflação mais benignos e comentários de Christopher Waller, do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), sugerindo possíveis cortes de juros em 2025.
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Esse é o último pregão antes da posse de Trump na Casa Branca. Com a ameaça de taxação a importações americanas no radar, o vice-presidente da China, Han Zheng, participará da cerimônia de posse do presidente eleito, em Washington, como representante especial do presidente Xi Jinping.
Alta do petróleo e do minério de ferro
O petróleo sobe nesta sexta-feira, após rodada de dados de atividade, indústria, varejo e moradias da China oferecerem novos sinais sobre a recuperação econômica do país, conhecido como maior importador de commodities do planeta. Ainda, segundo o Swissquote, o mercado de energia pondera sobre os impactos de sanções comerciais sobre a oferta do petróleo no mercado internacional, ante relatos sobre possível ampliação de restrições dos EUA contra outros países depois que Donald Trump assumir a presidência na segunda-feira.
No entanto, os ganhos da commodity são limitados após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciar que o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em poder do Hamas na Faixa de Gaza foi alcançado, na manhã de hoje (pelo horário local).
Já o contrato mais negociado do minério de ferro subiu de preço no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para maio de 2025, com fechamento em alta de 1,71%, cotado a 803,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 109,59.
Reforma tributária: impacto dos vetos de Lula no mercado financeiro
Apesar do bom humor dessa manhã, o dólar pode ficar instável, diante dos dados chineses melhores e as incertezas sobre o impacto das políticas protecionistas da nova gestão americana.
Os investidores do mercado brasileiro devem analisar ainda o potencial efeito dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reforma tributária. A lei complementar 214, que regulamenta o tema, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Também foi oficializada a mensagem de vetos ao Congresso Nacional. Haddad afirmou que não há polêmica quanto aos vetos e disse que a Fazenda trabalhará ainda este ano na regulamentação do imposto seletivo.
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A agenda doméstica do dia ainda traz a entrevista ao vivo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à CNN e reunião trimestral dos diretores do Banco Central (BC) Diogo Guillen (Política Econômica) e Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos) com economistas.
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*Com informações do Broadcast