Publicidade

Tempo Real

Morgan Stanley lista 9 ações “baratas” de empresas brasileiras para investir agora

Banco vê oportunidades de bottom fishing, estratégia de investimento que busca ativos descontados

Morgan Stanley lista 9 ações “baratas” de empresas brasileiras para investir agora
Espaço da B3, a Bolsa de Valores brasileira. Foto: Divulgação/B3

O Morgan Stanley ressaltou, em relatório publicado nesta semana, a recomendação underweight (exposição abaixo da média do mercado, equivalente à venda) para o mercado brasileiro. O banco, no entanto, identificou que há ações de empresas locais com alta qualidade em Retorno sobre Patrimônio (ROE) e valuations atraentes.

Segundo a casa, há oportunidades de bottom fishing – estratégia de investimento que consiste em buscar ativos que estão baratos e subvalorizados. “O Brasil se destaca como um dos mercados acionários mais baratos globalmente, mas também como um dos que apresentam os maiores ROEs. Isso pode explicar por que investidores emergentes globais continuam mantendo uma posição elevada no País, apesar do nível historicamente baixo de investimento por parte dos investidores domésticos”, avaliam os estrategistas do Morgan Stanley.

O banco busca empresas com as melhores combinações de ROE e valuation. As apostas principais são em exportadoras, mas ativos de instituições financeiras também se mostram atraentes. As nove ações de destaque consideradas “baratas” são: Banco do Brasil (BBAS3), JBS (JBSS3), Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4), Minerva (BEEF3), XP (XP), Cyrela (CYRE3), B3 (B3SA3) e Nubank (NU). Todas têm recomendação overweight (equivalente à compra) ou equalweight (equivalente à neutra) pelos analistas da casa.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Para chegar aos nomes escolhidos, o time do Morgan Stanley realizou uma triagem no índice MSCI Brazil IMI e buscou empresas domésticas com forte lucratividade (medida pelo ROE), valuations atraentes e alta liquidez.

Do ponto de vista estratégico, o banco prefere ações do setor financeiro em vez de papéis de consumo discricionário (de bens e serviços que não são considerados essenciais), devido ao menor risco para esses ativos. “Esse também é o segmento mais provável para adicionarmos à carteira caso percebamos que nossa hipótese para o Brasil esteja errada ou se quisermos reduzir nosso risco de underweight no País”, reforçam.

Qual a visão do Morgan Stanley sobre a Bolsa brasileira?

Para o Morgan Stanley, as ações brasileiras apresentam preços atrativos, reflexo das incertezas em torno da sustentabilidade do modelo de crescimento atual. O banco concorda com essas preocupações e, por isso, mantém recomendação underweight para o Brasil dentro do portfólio para a América Latina.

De acordo com a casa, os lucros das empresas brasileiras caíram cerca de 8% em termos de dólar desde novembro, mas continuam estáveis em moeda local, alinhados com as expectativas de crescimento econômico. “Questionamos, no entanto, a sustentabilidade dos lucros no Brasil, considerando o déficit fiscal próximo a 10% do Produto Interno Bruto (PIB)”, pondera.

O Morgan Stanley acredita que uma mudança de cenário só viria com uma inflação mais baixa, que poderia ajudar a reduzir as taxas de juros, o que, por sua vez, aliviaria parte das pressões fiscais. “Uma mudança na direção da política econômica poderia atuar como um catalisador para as ações brasileiras, em nossa visão”, complementa.

Publicidade