O Itaú BBA rebaixou a recomendação de Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3) de outperform (equivalente a compra) para market perform (equivalente a neutro). O banco justifica que o setor de educação vem sofrendo no Brasil com mudanças de regulação e pressão financeira.
Para a Cogna, o banco cortou o preço-alvo de R$ 3 para R$ 1,5, o que representa um potencial de valorização de 9,4%, considerando o último pregão. O BBA espera uma receita líquida de R$ 6,590 milhões para a empresa em 2025. A margem consolidada deve se contrair por impacto da Kroton. A margem do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustada deve ser de 31,9%, uma queda de 0,8 pp Ano a Ano
“Apesar da melhoria significativa da empresa no que diz respeito à alavancagem financeira ao longo de 2024, apoiada por melhores dinâmicas de capital de giro, a forte alta nas taxas de juros deve impactar os resultados financeiros, que prevemos aumentar em 8% ano a ano em 2025”, dizem os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amâncio, em relatório. A previsão é de que o lucro líquido ajustado caia 18% na comparação ano a ano, chegando a R$ 305 milhões.
Para Yduqs, o BBA projeta uma base de estudantes estável em 2025. A previsão é de que o segmento presencial tenha reajustes para veteranos, enquanto o digital deve ter números fracos por conta da concorrência. O BBA projeta uma receita líquida consolidada de R$ 5,528 milhões em 2025, um aumento de 4% na comparação ano a ano. Espera-se um Ebitda ajustado consolidado de R$ 1,859 milhão, margem de 33,6%. O preço-alvo da ação foi cortado de R$ 20 para R$ 11, o que representa um potencial de valorização de 18,9%, considerando o último pregão.
“Por outro lado, o forte desempenho da receita no segmento premium deve impulsionar uma maior alavancagem operacional. Este desempenho positivo deve aumentar a participação do segmento premium nos resultados consolidados, melhorando o mix e levando a uma leve expansão da margem”, ponderam os analistas. Dessa forma, o lucro líquido ajustado deve chegar a R$ 360 milhões, uma queda de 2,17% na comparação com a estimativa para 2024, por conta de taxas de juros mais altas.