A inflação ao consumidor (PCE) nos Estados Unidos, destaque na agenda da sexta-feira, ficou em linha com as expectativas, não alterando a precificação do mercado para a trajetória de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). A expectativa é que junho seja o primeiro mês com mais de 50% de probabilidade de corte nas taxas, segundo a precificação de mercado.
No entanto, os juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) e o índice do dólar, DXY, avançaram após o governo dos Estados Unidos confirmar que as tarifas contra México, Canadá e China passarão a valer neste sábado. Nas bolsas, os índices de Nova York encerraram a sessão em queda.
No Brasil, o aumento do diferencial entre a taxa básica de juros e as taxas de economias desenvolvidas contribuiu para mais um dia de perdas do dólar em relação ao real. Paralelamente, o aumento da taxa de desemprego no final do ano passado reforçou a tese de desaceleração da economia.
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Esses fatores resultaram em uma redução das preocupações com a inflação, abrindo espaço para um novo recuo dos juros futuros. Apesar do pano de fundo técnico favorável, o Ibovespa corrigiu parcialmente o forte avanço da véspera. Na sessão, o principal índice da B3 caiu 0,61% aos 126.135 pontos, com giro financeiro de R$ 21,3 bilhões. No câmbio, o dólar recuou 0,28% frente ao real, cotado a R$ 5,84.
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