O dólar hoje inverteu os ganhos de abertura em perdas no início da tarde desta segunda-feira (3) com um acordo entre os Estados Unidos e México sobre a política tarifária de produtos importados. Por volta das 14h45 (horário de Brasília), o câmbio se mantinha em queda, recuando 0,23%, cotado a R$ 5,8260. Mais cedo, logo na abertura da sessão, a divisa americana chegou a subir 0,68%, cotada a R$ 5,8764, em meio à repercussão do mercado sobre as novas alíquotas americanas para produtos importados.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse que conseguiu uma pausa de um mês para o início da aplicação das novas tarifas após ter tido uma conversa com o presidente americano, Donald Trump. O país também se comprometeu em reforçar a fronteira norte com 10 mil membros da Guarda Nacional para evitar o tráfico de drogas do país para os Estados Unidos. As medidas são um resultado da reação do México sobre a taxação de 25% dos produtos importados.
Canadá e China também entraram na lista dos países atingidos pela nova política tarifária dos EUA com alíquotas de 25% e de 10%, respectivamente. Em uma publicação no X (antigo Twitter), o republicano afirmou que as taxas são necessárias “por causa da grande ameaça de imigrantes ilegais e drogas mortais que matam os cidadãos americanos, incluindo o fentanil”.
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A imposição gerou reações. Canadá afirmou que vai impor a mesma tarifa para os produtos americanos. Já a China disse que vai entrar com uma ação judicial na Organização Mundial do Comércio (OMC). A situação eleva também o temor de uma medida, na mesma proporção, contra o Brasil.
Segundo informações do Broadcast/Estadão, a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) avalia que o mercado brasileiro poderá ser atingido indiretamente por meio de um aumento da inflação mundial e um redirecionamento de produtos, especialmente da China, para o País.
Em janeiro, o dólar encerrou com perdas mensais de 5,56% em comparação ao real. Essa foi a maior queda mensal da moeda americana desde junho de 2023, quando recuou cerca de 5,59%.
Com informações do Broadcast/Estadão
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