O Goldman Sachs manteve a recomendação de compra para a ação da JBS (JBSS3), mas elevou o preço-alvo de R$ 44,00 para R$ 44,20, em relatório prévio à divulgação do balanço do quarto trimestre de 2024.
No documento, também elevou sua estimativa de Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) para o período em 9% em relação à previsão anterior, para R$ 10,068 bilhões. No acumulado de 12 meses, o Ebitda ajustado deve ser de R$ 38,319 bilhões.
O banco destaca a depreciação de 5% do real no quarto trimestre como um fator favorável ao desempenho da JBS. Além disso, o Goldman Sachs vê um momento favorável para o mercado global de frango e um volume robusto de carne bovina no Brasil no período. A receita líquida deve ser de R$ 121,2 bilhões, com lucro líquido de R$ 3,57 bilhões.
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Apesar das margens elevadas nas principais unidades de negócio da JBS, o banco espera uma moderação do Ebitda em 2025, mas em ritmo mais suave do que o inicialmente previsto. A estimativa é de Ebitda ajustado de R$ 35,842 bilhões.
O resultado financeiro da JBS no quarto trimestre de 2024 vai ser divulgado em 25 de março.
Recomendação do BBA para ações da JBS
O Itaú BBA projetou um quarto trimestre de 2024 sem surpresas para a JBS, com Ebitda ajustado de R$ 9,7 bilhões, o que posicionará a empresa no topo do seu guidance (projeção) para o ano passado.
Segundo relatório do banco, a estratégia de diversificação bem-sucedida da JBS continua a se refletir em sua performance, mesmo com a normalização das margens de frango. A exposição da empresa a diferentes geografias e proteínas é vista como um ponto forte para sustentar esse desempenho. A companhia deve apresentar lucro líquido de R$ 2,6 bilhões, com receita líquida de R$ 117 bilhões.
Entre as divisões da JBS, o Itaú BBA destaca a Pilgrim’s Pride, que também deve continuar operando com margens Ebitda de dois dígitos, será um dos principais motores do resultado da JBS no quarto trimestre, apesar da queda dos preços da carne de frango e da sazonalidade.
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As margens do setor de carne bovina do Brasil devem retornar a níveis históricos. Para a Seara, a JBS deve registrar um Ebitda de R$ 2,4 bilhões e uma margem de 20%, mesmo com a aceleração dos custos de grãos.
A divisão de carne bovina nos Estados Unidos deve manter margens resilientes, apesar da sazonalidade negativa após o fim da temporada de churrascos.
O Itaú BBA estima um Ebitda da JBS (JBSS3) de US$ 42 milhões para a operação de carne bovina nos EUA, com margem de 0,6%. A operação na Austrália segue em um ciclo positivo para a carne bovina, com margem de 7,3%, ainda que com volatilidade em negócios não relacionados à carne no país.