O Ibovespa futuro abriu esta quinta-feira (6) em estabilidade, com leve alta de 0,04%, aos 125.815 pontos, mas logo avançou para 0,24%, aos 126.205 pontos. O mercado acompanha as decisões de juros dos bancos centrais da Inglaterra e do México, em meio ao alívio da pressão comercial dos EUA. Por aqui, balanços ficam em destaque – confira aqui os principais assuntos do dia.
A possibilidade de um acordo entre Donald Trump e Xi Jinping antes das tarifas chinesas entrarem em vigor em 10 de fevereiro traz alívio nas preocupações entre EUA e China. Com isso, as bolsas de valores internacionais direcionam suas atenções a resultados corporativos, como o do Société Générale, e dados fortes de encomendas à indústria alemã.
Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, assim como as bolsas europeias. Entretanto, a queda do euro e da libra é impulsionada por apostas em corte de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE) e pelos planos de Trump de tarifar a União Europeia.
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O principal índice da B3 futuro pode hesitar diante da alta das commodities e de notícias corporativas locais. A valorização do petróleo pode beneficiar a Petrobras (PETR3; PETR4), mas o impacto pode ser reduzido pela decisão do TCU sobre sua política de preços.
Assuntos que movimentam o Ibovespa futuro hoje
Dólar e juros
Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida americana) e o dólar se recuperam, aguardando dados econômicos dos EUA, declarações do Fed e balanços.
Em relação ao real, a moeda americana abriu em alta de 0,14%, a R$ 5,8024, após conseguir interromper uma sequência de 12 pregões em queda. Nesta quinta-feira, a valorização externa da divisa americana tende a guiar a abertura do mercado de câmbio, embora os ganhos das commodities possam limitar os ajustes e apoiar o real.
Quanto aos juros futuros, a sessão pode ser de oscilações limitadas em dia de agenda mais fraca no Brasil. O avanço dos retornos dos Treasuries e do dólar ante a maioria das moedas emergentes pode indicar um viés positivo na curva de juros.
Commodities
O minério de ferro fechou em alta de 1,43% nos mercados de Dalian, na China, enquanto o petróleo opera em recuperação de perdas da véspera, quando recuou mais de 2% em reação a um aumento bem maior do que o esperado nos estoques da commodity nos EUA. Por volta das 9 horas, o barril do tipo WTI subia 0,58%, e Brent avançava 0,44%.
Balanço do Itaú (ITUB4)
O setor bancário está no foco após o balanço do Itaú (ITUB4), que teve lucro líquido gerencial de R$ 10,884 bilhões no quarto trimestre de 2024, um resultado 15,8% superior ao do mesmo período de 2023.
O lucro do banco cresceu graças à expansão das margens e das receitas com serviços, associado à redução do custo do crédito, possível diante da queda da inadimplência. Veja o balanço completo nesta matéria.
- Leia mais: Itaú anuncia valor de dividendos e JCP; veja quem tem direito
Decisões de juros
O Banco da Inglaterra (BoE) reduziu sua taxa básica de juros em 25 pontos-base, a 4,50%, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira.
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A decisão, que veio em linha com a expectativa de analistas compilados pelo Broadcast, marcou o terceiro corte de juros pelo BoE desde agosto do ano passado, quando o BC britânico deu início a um ciclo de afrouxamento de sua política. A decisão de política monetária do México deve ser anunciada nesta quinta-feira, por volta das 16 horas.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast
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