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![Raízen. (Foto: Divulgação/Raízen)](https://einvestidor.estadao.com.br/wp-content/uploads/2023/11/raizen_031120233454.webp)
O Citi informou em relatório que reduziu estimativas da Raízen (RAIZ4). “Estamos reduzindo nossas estimativas em virtude de: 1) margens mais baixas na área de Distribuição de Combustíveis no Brasil; 2) menor previsão de moagem de cana-de-açúcar para a safra 2025/26 (79 milhões de toneladas); 3) nossa estimativa de um aumento na taxa Selic, o que deve piorar os resultados financeiros da Raízen”, disseram no relatório os analistas do banco, Gabriel Barra e Pedro Gama. O banco manteve a recomendação de compra para os papéis da Raízen, mas cortou o preço-alvo da ação da companhia de R$ 4,50 para R$ 3,50.
Além disso, “esperamos que a Raízen imprima uma geração de fluxo de caixa livre (FCF) positiva apenas na safra 2026/27. Então, em nossa visão, a falta de geração de FCF no curto prazo, combinada com taxas de juros mais altas, continuará pesando sobre o estoque”, observaram os analistas.
Em contrapartida, “atualizamos nossa previsão de preço do açúcar, em linha com a equipe de commodities do Citi, aumentando nosso preço para 24 centavos de dólar por libra-peso, e consideramos melhores estimativas para o etanol em nosso modelo, já que os preços devem aumentar nos próximos períodos, principalmente por causa do aperto nos estoques domésticos”, ponderaram.
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O Citi estima que a Raízen deve registrar no terceiro trimestre fiscal de 2025 (3T25) uma receita bruta anual maior, de R$ 62,6 bilhões, por causa de maiores volumes de vendas, e um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado recorrente anual menor, de cerca de R$ 3,0 bilhões. No segmento de açúcar e etanol, o banco projeta Ebitda ajustado de R$ 1,5 bilhão (-12% anual), “já que a empresa vendeu menores volumes anuais de açúcar de sua própria produção, a preços anuais menores, parcialmente compensados por maiores volumes próprios de etanol, a preços anuais maiores”.
Em relação à Mobilidade, “estimamos um melhor trimestre e um menor trimestre anual (+3% trimestral; -37% anual) com ajuste recorrente”. O Ebitda do segmento está estimado em R$ 1,5 bilhão (margem recorrente em R$ 138/m³ nas operações brasileiras), principalmente em virtude da melhor perspectiva de concorrência no Brasil do que no 2T25, com impacto negativo de “menores volumes, enquanto esperamos números estáveis nas operações da América Latina, com margem em US$ 51/m³. Estimamos prejuízo líquido recorrente de -R$ 623 milhões, com impacto negativo de menor Ebitda ajustado e da piora dos resultados financeiros”. A Raízen deve divulgar os resultados do 3T25 em 14 de fevereiro.