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As ações da JBS (JBSS3) abriram em forte queda nesta quinta-feira (13). Até as 12h, a JBSS3 cedia 1,64%, aos R$ 32,45. O desempenho negativo acontece em meio à decepção com o balanço da Pilgrim’s Pride Corporation (PPC), subsidiária de processamento de frango da empresa, referente ao 4º trimestre de 2024.
O resultado, divulgado após o pregão da última quarta (12), não empolgou. As receitas chegaram a US$ 4,4 bilhões no período, 6% abaixo do esperado pelo BTG Pactual. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em US$ 526 milhões, mas levanta alguns questionamentos pelo banco. Isto porque o ajuste foi realizado, segundo a instituição, considerando o efeito de despesas de reestruturação, acordos de pensão e custos de litígio.
“Embora faça sentido ajustar para acordos de litígio dada sua natureza única, vale a pena notar que esta foi a segunda despesa significativa relacionada a litígio do ano”, diz o BTG. No final, o resultado foi considerado sólido, ainda que “desbotando”.
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Já o Itaú BBA considerou os números “neutros”, em linha com as expectativas. O Goldman Sachs foi mais positivo, apesar de reconhecer os riscos do mercado global de aves – especialmente a alta dos preços dos grãos. “Acreditamos que a lucratividade geral do setor pode permanecer mais alta por mais tempo, já que a demanda está aquecida nos principais mercados”, diz.
Resultado da PPC afeta a JBS (JBSS3)?
Apesar dos números mais mornos da Pilgrim’s, BTG Pactual, Itau BBA e Goldman Sachs reafirmaram as recomendações de compra para as ações da JBS (JBS3).
“A JBS continua sendo nossa principal escolha e a única ação com classificação de compra no setor de proteínas, apoiada por um balanço patrimonial forte e sólida geração de fluxo de caixa, o que acreditamos que pode mitigar o declínio contínuo nas margens dentro dos segmentos de aves”, afirma o BTG, que calcula um potencial de alta de 45,4% para os papéis em 12 meses, passando de R$ 32,99, no fechamento do pregão anterior, para R$ 48.
O Itaú BBA estima uma valorização de 51% para JBSS3, com preço-alvo de R$ 51. A estimativa é de que o EBITDA da JBS chegue a R$ 9,7 bilhões no 4º trimestre de 2024. “Continuamos com JBS como nossa principal escolha do setor”, diz o banco. Já o Goldman Sachs projeta um preço-alvo de R$ 44,2, alta de 34% em 12 meses – mas traça os riscos que podem atrapalhar esse cenário.
“Riscos de execução em torno do processo de listagem dupla nos EUA; Um novo excesso global de oferta de frango; Uma desaceleração cíclica mais longa do que o esperado nos EUA”, aponta o Goldman Sachs.
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