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![Criminosos se aproveitam da folia para aplicar golpes financeiros (Foto: Adobe Stock)](https://einvestidor.estadao.com.br/wp-content/uploads/2025/02/adobestock-453516574_140220250116.jpeg-710x473.webp)
Os quatro dias de Carnaval no Brasil são marcados por grandes festividades que tomam as ruas durante o feriado. Em 2025, esse período tão esperado acontecerá entre 1º e 4 de março, mas é preciso tomar cuidado: a época também é famosa pela ocorrência de “golpes financeiros”.
E não se trata apenas de roubos de celulares. Os criminosos se aproveitam principalmente da desatenção dos foliões para cometer fraudes que, muitas vezes, só são percebidas pelas vítimas muito mais tarde. Pensando nisso, a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) idealizou a campanha “Tem Cara de Golpe”, elencou os golpes mais comuns do Carnaval e como se proteger deles.
1 – Golpe do link falso (phishing)
Um dos golpes recorrentes desse feriado são relacionados a “phishing”. Os criminosos criam sites falsos de compra de ingressos para shows e blocos. Além de roubar o dinheiro dos usuários, obtêm também os dados de cartão de crédito. “É importante verificar sempre a autenticidade dos sites, procurando por certificados de segurança e conferindo a URL oficial dos vendedores autorizados”, diz a ABBC.
2 – Golpe do Pix
Os criminosos se passam por vendedores, por exemplo, de bebidas em um bloco de rua. Oferecem o pagamento da mercadoria via QR Code, mas, antes de disponibilizar o código para ser escaneado, alteram o valor da compra sem que a vítima perceba. Nesta situação, eles contam principalmente com a falta de atenção ao valor efetivamente cobrado.
Segundo a ABBC, além de sempre checar o preço que aparece na tela do celular antes de confirmar a transferência, uma boa prática é reduzir os valores que podem ser transacionados via Pix.
3 – Golpe da falsa rede de wi-fi
Neste golpe, o criminoso cria uma falsa rede de wi-fi pública. Uma vez conectado, a vítima tem a navegação do celular espionada. O objetivo é conseguir captar informações sobre dados sensíveis, como login de aplicativos bancários. “O mesmo problema pode ocorrer em totens de carregamento de bateria, conectados em cabos USB suspeitos. Eles podem transmitir um vírus e invadir facilmente o aparelho. Utilize uma bateria extra como um powerbank ou utilize carregador e cabo próprios”, aponta a ABBC.
4- Golpes com cartões bancários
Similar ao golpe do Pix, as fraudes com cartões bancários também são comuns. O criminoso se passa por um vendedor, só que na hora do pagamento altera o valor na máquina de cartão. Esta artimanha funciona, principalmente, com transações feitas por aproximação.
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“Se o visor da máquina de cobrança estiver apagado ou quebrado, impedindo a visualização do valor da compra, o consumidor não deve aceitar passar ou aproximar o cartão ou o celular ao dispositivo”, aconselha a ABBC, que indica que o folião desative a função de pagamento por aproximação no cartão.
Também não é indicado entregar ao vendedor o cartão, para que este o passe na máquina. “Os criminosos podem se passar por comerciantes, memorizar a senha do cliente e trocar o cartão durante a transação”, diz a associação. A preferência deve ser por pagamentos via aproximação no celular, que tende a ser uma operação mais segura, já que possui uma camada de autenticação adicional com biometria.
Fui roubado. O que fazer?
Sílvia Scorsato, presidente da ABBC, alerta que além dos golpes com as máquinas de cartão e digitais, os roubos de celulares são muito comuns. O objetivo, entretanto, não é ter o aparelho, mas conseguir invadir a conta bancária da vítima. “Por isso, é importante que o cliente utilize senhas robustas e deixe ativadas diversas camadas de segurança, como autenticação de duplo fator, biometria ou leitor facial para os aplicativos”, diz Scorsato.
Assim que perceber que foi vítima de um golpe ou furto de celular, o folião deve procurar os órgãos de segurança do estado, fazer um boletim de ocorrência e avisar imediatamente os bancos em que possui conta por meio dos canais de atendimento oficiais. Comunicar à operadora de telefonia também é uma boa prática.
Para bloquear completamente o dispositivo, é necessário ter anotado o número do IMEI de identificação do aparelho. Essa informação pode ser obtida diretamente no dispositivo nas configurações do seu celular. “Vá na opção ‘Sobre o telefone’ e, em seguida, encontre o código”, conclui a ABBC.
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