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A Rumo apresentou números sólidos no quatro trimestre de 2024 e o guidance (projeção) anunciado pela companhia deve ser bem recebido pelo mercado, apesar de o lucro líquido ter sido mais fraco do que o esperado. A avaliação é dos analistas do BTG Pactual.
Segundo os profissionais, um dos destaques positivos são as previsões da Rumo, já que o mercado se preocupa com a incerteza do o dilema de preços deste ano.
“Olhando para o futuro, esperamos que os investidores monitorem: as negociações dos contratos para este ano; evolução das culturas; ramp-up de Lucas do Rio Verde (a Rumo espera iniciar as operações no terminal de Campo Verde até 2026); desenvolvimentos em seu novo terminal no Porto de Santos; e alocação de capital”, disseram ainda os analistas Lucas Marquiori e Fernanda Recchia, em relatório.
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Ainda sobre o guidance, o BTG afirma que os resultados do primeiro trimestre deste ano podem ser fracos, mas as previsões trazem clareza sobre uma sólida execução do segundo trimestre em diante.
Os analistas também citaram uma redução significativa do risco do volume e a expectativa razoável de preços indexados à inflação, o que faz com que continuem gostando da Rumo, “apoiados por seu posicionamento estratégico de longo prazo na promissora indústria de produção de grãos do Brasil”.
A recomendação do BTG para as ações da Rumo é de compra, com preço-alvo de R$ 29,00, o que representa um potencial de alta de 56,8% ante o fechamento do papel no pregão de quinta-feira (20).
A Rumo reportou resultados financeiros sólidos no quarto trimestre e um guidance para 2025 em linha com as estimativas da XP, que reiterou sua visão positiva para as ações da companhia, vista como a preferida no setor de transportes.
Segundo a corretora, os dados refletiram um contínuo crescimento positivo da tarifa e um leve aumento de volume. Já o lucro líquido, no entanto, ficou 31% abaixo da previsão da XP, prejudicado em parte por custos financeiros mais altos e principalmente por impostos mais altos.
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Em relação ao guidance divulgado pela companhia, os analistas da XP afirmam que ele deve gerar alguma redução do risco de mercado, uma vez que implica em um sólido crescimento do Ebitda para 2025 (+9% na comparação anual).
“No geral, vemos o guidance em linha com nossas estimativas e com as previsões do mercado, o que vemos como uma indicação positiva para os resultados do ano”, disseram os analistas Pedro Bruno, Matheus Sant’anna e João Ramiro, em relatório.
Diante da avaliação, os analistas também reforçaram sua visão positiva para Rumo, como a principal escolha da XP no segmento de transportes.
O Citi considerou que o lucro por ação da Rumo decepcionou, mas o balanço mostrou indicadores positivos com a expansão da receita e o crescimento do Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos), pontos já precificados pelo mercado.
“O resultado abaixo do esperado, as mensagens subjacentes nas orientações da Rumo e o impairment (ajuste no valor contábil de um ativo que passou por depreciação) do Sistema Sul sugerem um modesto crescimento do volume, significativa pressão tarifária e um elevado investimento em capital para este ano”, afirmam os analistas Filipe Nielsen, Stephen Trent e Jay Singh.
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A redução da expectativa da para as tarifas de 4% compensam a melhoria na expectativa dos volumes transportados. As razões pelas quais a expectativa foi reduzida não ficaram claras para o Citi. Antes a expectativa era de que as tarifas crescessem 3,1%.
Mesmo assim, a alavancagem foi considerada estável, chegando a 1,4 vez a dívida líquida sobre Ebitda ajustado. O fluxo de caixa livre de menos R$ 123 milhões veio menor que o esperado, com um Capex superior ao que o Citi previa, com investimentos na construção de Lucas do Rio Verde superando as estimativas do banco.
O Citi tem recomendação neutra para a Rumo (RAIL3), com preço-alvo de R$ 19,50. O que representa um potencial de valorização de 5,46% em relação ao último fechamento.
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