

A Azul (AZUL4) reportou um prejuízo líquido do período de R$ 3,9 bilhões no quarto trimestre de 2024, uma reversão em relação ao lucro líquido de R$ 403,3 milhões do mesmo período de 2023. A informação foi divulgada em documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (24).
O resultado da empresa foi impactado negativamente pela disparada do dólar ante o real no período. Segundo a companhia, os custos e as despesas operacionais da empresa chegaram a R$ 4,3 bilhões no quarto trimestre de 2024. O número é explicado pelo crescimento na capacidade total de 11,0% e pela desvalorização de 17,8% do real em relação ao dólar norte-americano.
Na base ajustada, que desconsidera a variação cambial e outros ajustes, a empresa reportou um lucro líquido ajustado de R$ 62,4 milhões no quarto trimestre de 2024, uma melhora em relação ao prejuízo de R$ 270,6 milhões do quarto trimestre de 2023.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), que mede o resultado operacional, ficou em R$ 1,95 bilhão no quarto trimestre de 2024, crescimento de 33% em relação ao Ebitda da Azul de R$ 1,46 bilhão do mesmo período de 2023.
A receita líquida da Azul somou R$ 5,54 bilhões no quarto trimestre de 2024, alta de 10,2% em relação ao quarto trimestre de 2023. Conforme o CEO da Azul, John Rodgerson, a alta foi puxada pelo crescimento de 17% da demanda de passageiros durante o trimestre em relação ao ano anterior, superando a capacidade e levando a uma taxa de ocupação de 84,2%.
No entanto, a receita unitária (RASK) foi a R$ 44,98 centavos no quarto trimestre de 2024, queda de 0,7% em relação ao quarto trimestre de 2023. Para o CEO, mesmo com a leve queda, o número é positivo, pois a empresa manteve uma receita praticamente estável mesmo com a alta de 11% da capacidade na comparação entre o quarto trimestre de 2024 e o quarto trimestre de 2023.
“Outro fator importante que contribui para nossas receitas e margens saudáveis é o nosso crescimento além do metal, ou seja, em nossas unidades de negócios diversificadas. No quarto trimestre de 2024, elas foram responsáveis por 23% do RASK e 24% do Ebitda, totalizando mais de R$ 450 milhões”, diz Rodgerson.
Publicidade
O executivo lembra ainda que a empresa conseguiu reduzir seu endividamento com o acordo com detentores de títulos de dívida, arrendadores e fabricantes e que a empresa concluiu a captação anunciada anteriormente de US$ 525 milhões em notas com vencimento em 2030.
“Essa reestruturação abrangente do balanço patrimonial incluiu um amplo plano de financiamento, com foco na melhoria da liquidez e da geração de caixa e na redução da alavancagem, com mais de US$ 1,6 bilhão em dívidas sendo extintas do balanço patrimonial e melhorando nossa geração de caixa em até US$ 200 milhões por ano”, diz o CEO da Azul (AZUL4).