

O Ibovespa futuro abriu esta terça-feira (11) em alta de 0,20%, aos 126.110 pontos, mas logo passou a cair 0,15%. As atenções do mercado estão na produção industrial brasileira e no temor de recessão nos Estados Unidos – veja aqui os principais assuntos do dia.
As bolsas de valores internacionais se recuperam após o pior dia do Nasdaq desde 2022, em meio à cautela sobre inflação e recessão nos EUA. Os temores voltaram à cena após o presidente Donald Trump não descartar o cenário durante o final de semana e afirmar que a economia do país está passando por um “período de transição”.
Por aqui, o principal índice da B3 deve se ajustar à volatilidade das bolsas americanas, em meio aos dados industriais, sinais mistos das commodities e alguns balanços corporativos.
- Confira aqui a agenda econômica das empresas nesta terça-feira
O que fica no radar do Ibovespa futuro hoje
Produção industrial vem abaixo das expectativas
A produção industrial ficou estável em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo da mediana das previsões de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que apontava aumento de 0,4%. O intervalo das estimativas ia de queda de 0,3% a uma alta de 1,1%.
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Em relação a janeiro de 2024, a produção subiu 1,4%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de um avanço de 0,5% a 2,8%, com mediana positiva de 2,0%. No acumulado em 12 meses, a produção subiu 2,9%.
Dólar e juros
O mercado de câmbio tende a acompanhar a desvalorização externa do dólar hoje ante moedas principais e emergentes nesta manhã. Investidores ponderam os efeitos incertos da política tarifária de Trump. Nesta terça-feira, o dólar abriu em queda de 0,22%, a R$ 5,8395.
Quanto aos juros futuros, o dólar fraco ante a maioria das moedas emergentes pode ser fator para alívio, enquanto os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) tentam ganhar força, após caírem mais cedo, o que pode deixar as taxas futuros mais perto da estabilidade.
Commodities: petróleo sobe e minério cai
O petróleo sobe após cair 1,5%, com o Cazaquistão discutindo cortes na produção para alinhar a oferta com as metas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). No início desta manhã, o barril do petróleo WTI para abril subia 0,81%, enquanto o do Brent para maio avançava 0,84%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em leve queda de 0,06%, cotado a 774,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 106,67 nos mercados de Dalian, na China.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) mostravam estabilidade no pré-mercado de Nova York, por volta das 9h06 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,86% no mesmo horário.
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Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
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*Com informações de Daniela Amorim, Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast