

O Ibovespa futuro abriu esta sexta-feira (14) em alta de 0,30%, aos 127.435 pontos. As atenções do mercado estão em vendas no varejo de janeiro por aqui, enquanto a guerra comercial americana segue em destaque no exterior – veja aqui os principais assuntos do dia.
Nas bolsas internacionais hoje, o tom é de recuperação. Em Nova York, os futuros retomam fôlego após fortes perdas de quinta-feira (13) com mais ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump. O sinal positivo em Wall Street é favorável ao principal índice da B3.
Donald Trump ameaçou impor tarifas de 200% sobre as importações de bebida alcoólica da União Europeia depois que o bloco revidou suas taxas sobre as importações de aço e alumínio.
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O mercado financeiro hoje também fica na expectativa com as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, na próxima quarta-feira (19) – uma nova “Super Quarta”.
O que fica no radar do Ibovespa futuro hoje
Dólar e juros
O real pode subir na abertura dos negócios em meio ao dólar hoje fraco no exterior ante moedas principais e emergentes. Nesta sexta-feira, o dólar abriu em queda de 0,15%, a R$ 5,7913.
O mercado de juros reage ao desempenho do setor público consolidado e das vendas do varejo. O dólar mais fraco ante a maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities pode ajudar o real e aliviar a curva.
Varejo no Brasil
As vendas do comércio varejista caíram 0,1% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado contrariou a mediana das estimativas de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que apontava alta de 0,2%. O intervalo de previsões ia de queda de 0,5% a alta de 2,5%.
Na comparação com janeiro de 2024, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 3,1% em janeiro de 2025. Nesse confronto, as projeções iam de uma queda de 0,2% a avanço de 7,0%, com mediana positiva de 3,5%. Em 12 meses, o varejo acumulou alta de 4,7%.
Quanto ao varejo ampliado – que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício –, as vendas subiram 2,3% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal. O resultado superou a mediana das previsões de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que apontava alta de 1,7%. O intervalo das estimativas ia de queda de 0,2% a alta de 3,2%.
Na comparação com janeiro de 2024, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 2,2% em janeiro de 2025. Nesse confronto, as projeções variavam de uma redução de 1,3% a aumento de 3,6%, com mediana positiva de 1,7%. Em 12 meses, as vendas subiram 3,8%.
Commodities: petróleo e minério avançam
O petróleo sobe nesta sexta-feira, apagando boa parte das perdas da sessão anterior, em meio a dúvidas sobre a possibilidade de que a guerra na Ucrânia acabe rapidamente. No início desta manhã, o barril do petróleo WTI para abril subia 0,52%, enquanto o do Brent para maio avançava 0,50%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em alta de 2,32%, cotado a 794 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 109,59 nos mercados de Dalian, na China.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) avançavam 0,96% no pré-mercado de Nova York, no início da manhã (horário de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,71%.
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Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Daniela Amorim, Luciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast