

Pouco mais de um ano após o lançamento do S&P/B3 Ibovespa Vix (VXBR), versão brasileira do famoso “índice do medo” das bolsas de Nova York, a B3 pretende avançar para a criação de um contrato relacionado ao indicador e, mais à frente, até mesmo um fundo negociado em Bolsa (ETF, na sigla em inglês) que tenha esse futuro do Vix como base.
“Já temos contato com a S&P sobre o tema, e a intenção é, futuramente, lançar um contrato futuro do Vix no mercado local, porque hoje ele funciona apenas como um termômetro de volatilidade”, afirmou o gerente de índices da B3, Henio Schmidt, em evento promovido pela BB Asset e pela Associação Brasileira dos Assessores de Investimentos (Abai) nesta quinta-feira (27), em São Paulo.
A ideia seria criar produtos semelhantes aos que já existem no mercado dos Estados Unidos, onde investidores utilizam futuros e ETFs ligados ao Vix para proteger a carteira no caso de uma crise intensa, como a da pandemia de Covid-19 em 2020 e a do subprime em 2008.
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“O Vix tem correlação negativa com os principais índices de ações, algo muito difícil de acontecer com outros ativos. Então, se você tiver um porcentual pequeno da sua carteira no Vix, você tem uma espécie de colchão para esses momentos de crise”, afirmou.
Scheidt ressaltou que ainda não há nada de avançado em termos da criação do futuro e do ETF de Vix, e que o processo seguirá a “trilha natural” de qualquer produto, primeiro lançando no mercado futuro para depois, caso haja aderência do mercado, se pense num ETF.
“Não só as assets, mas o investidor final quer ter exposição ao índice Vix. Tem muito gestor que inclusive já deixa um porcentual de investimento no Vix”, disse.