

O Morgan Stanley rebaixou a recomendação para a Ambev (ABEV3) de neutro para underweight (equivalente a venda). Também cortou o preço-alvo do papel de R$ 13 para R$ 11,50, o que representa um potencial de desvalorização de 16,1%, em relação ao fechamento da sexta-feira (4).
Para o banco, o segmento de Cerveja Brasil está “estruturalmente comprometido”, com custos elevados por mais tempo que o esperado. Ambev está negociada acima dos fundamentos, aproximadamente, 14 vezes o preço sobre lucro para 2025, explica.
“Esperamos um 2025 fraco para a Cerveja Brasil, com volumes estáveis e nenhum crescimento de Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização]”, diz o banco, que espera-se um Ebitda 3% abaixo do mercado para o segmento. Além disso, o Morgan também traz previsões negativas para os lucros da empresa em 2026. O lucro por ação também deve estar 6% inferior ao mercado, estima.
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“Nossa postura mais cautelosa também se justifica pela percepção de ausência de catalisadores no curto prazo. Com uma nova equipe de gestão, há muitos aspectos da estratégia da Ambev que merecem ser acompanhados mais de perto, mas ajustes de marca/concorrência parecem ser mais de longo prazo”, explica.
Para o curto prazo, o Morgan espera que a Ambev enfrente desafios estruturais e cíclicos, como a concorrência e o consumo no país.