

O Ibovespa hoje avançou após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a isenção de tarifas recíprocas para smartphones e outros aparelhos eletrônicos. Nesta segunda-feira (14), a principal referência da B3 subiu 1,39%, aos 129.453,91 pontos.
O republicano isentou smartphones, computadores e outros aparelhos e componentes eletrônicos como semicondutores das tarifas, conforme comunicado divulgado na última sexta-feira (11), beneficiando principalmente a China. Em postagem no domingo (13), no entanto, Trump sugeriu que esses produtos poderão ser penalizados com alíquotas separadas como parte de uma investigação sobre semicondutores. Ele também ressaltou que produtos eletrônicos continuam sujeitos à taxa de 20% relacionada ao fentanil.
“Inicialmente, Donald Trump queria incentivar a indústria local, mas empresas como a Apple, por exemplo, levariam anos e um grande investimento para construir fábricas para suprir suas necessidades. Mas a iniciativa falhou em conseguir que diversos países se ajoelhassem diante dele e com a mobilização de empresários americanos para buscar soluções a essa situação, que inclusive geraria mais inflação nos EUA”, explica Guilherme Petris, operador de renda variável da Manchester Investimentos.
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A decisão do presidente diminuiu a preocupação dos investidores com a guerra comercial promovida pela Casa Branca e abriu espaço para o mercado global retomar o apetite por risco. Nesse cenário, as Bolsas da Europa fecharam em alta: em Londres, o FTSE 100 avançou 2,14%, aos 8.134,34 pontos. O CAC 40, de Paris, subiu 2,37%, para 7.273,12 pontos, enquanto o Ibex 35, de Madri, valorizou 2,64%, aos 12.609,8 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 ganhou 0,95%, a 6.582,73 pontos. Já o FTSE MIB, de Milão, teve alta de 2,88%, aos 35.007,14 pontos. O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, avançou 2,85%, aos 20.954,83 pontos. Nas Bolsas de NY, o Nasdaq subiu 0,64%, enquanto o S&P 500 e o Dow Jones avançaram 0,79% e 0,78%, respectivamente.
Os ganhos também se estenderam no mercado brasileiro. No Ibovespa hoje, quem liderou as altas do dia foram os papéis da Azul (AZUL4), que dispararam 12,33%, diante de anúncio de que a companhia fará uma oferta primária de inicialmente 450.572.669 de ações preferenciais ao preço de R$ 3,58, totalizando de R$ 1.613.050.155,02, sem considerar as ações adicionais. Com lotes extras, a oferta poderá chegar a até R$ 4,1 bilhões. A operação foi antecipada pelo Broadcast no final de março.
Do lado oposto, os ativos da Minerva (BEEF3) caíram 2,87% e registraram a maior baixa da sessão. O movimento ocorre após o Goldman Sachs rebaixar a recomendação para a empresa de compra para neutra. Segundo o banco, a medida se deve ao fato de as ações da companhia terem apresentado alta de 8% desde o dia 7 de abril, quando anunciou aumento de capital. Com isso, a instituição acredita que o equilíbrio entre risco e retorno está equalizado e corrobora com o rebaixamento.
“Observamos que o potencial aumento de capital deve reduzir as preocupações de alavancagem e fluxo de caixa no curto prazo e poderia criar um impulso adicional de curto prazo para a ação da Minerva“, disseram os analistas Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann – veja detalhes nesta matéria.
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No mercado de câmbio doméstico, o dólar hoje fechou em baixa de 0,33%, a R$ 5,8512, depois de abrir em queda de 0,47%, a R$ 5,843.
*Com informações do Broadcast