Dólar hoje cai 1,3% com apoio de commodities e recuperação global após ataques de Trump ao Fed

Por Luíza Lanza

22/04/2025 | 9:19 Atualização: 22/04/2025 | 17:38

Veja detalhes sobre a operação e cotação do dólar hoje. (Foto: Adobe Stock)

O dólar hoje fechou a sessão desta terça-feira (22), volta do feriado prolongado no Brasil com queda de 1,30% sobre o real, a R$ 5,7284. Medidas na China para estimular o setor de serviços fizeram o petróleo e o minério de ferro subir no exterior, o que pode ajudar moedas emergentes como o real.

No exterior, os mercados tiveram um dia mais positivo, depois da queda da véspera. Além da guerra de tarifas, que já vinha mexendo com o apetite por risco de investidores globais, Donald Trump fez ataques a Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. Na segunda-feira (21), republicano pediu cortes na taxa de juros do país, acusando Powell de favoritismo político ao não reduzir o ritmo da política monetária. Na sexta-feira (18), a Cada Branca já havia reconhecido que o presidente americano estuda formas de demitir o presidente do Fed.

Graças às declarações de Trump, na segunda-feira, quando o mercado brasileiro estava fechado pelo feriado de Tiradentes, os mercados globais passaram por novas instabilidades. Nos EUA, o S&P 500 caiu 2,36%, enquanto o Dow Jones e o Nasdaq tiveram quedas de 2,48% e 2,55%, respectivamente. O índice DXY, que mede a performance do dólar ante seis moedas fortes, caiu a 98,2 pontos, o menor nível desde março de 2022.

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Nesta terça-feira, as Bolsas de NY se recuperaram em meio a maior otimismo de investidores com negociações dos EUA com a China e outros países, quanto à guerra comercial. Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, destaca que a especulação acontece após falas do secretário de Política Econômica americano, Scot Bresent, sinalizando que a situação atual com Pequim se encontra em níveis “insustentáveis”.

“Esses fatores contribuíram para a estabilização no mercado de juros dos EUA — especialmente das taxas de longo prazo — que vinham reagindo de maneira disfuncional ao noticiário das últimas semanas. Nesse contexto, houve certa descompressão de prêmios de risco importantes que vinham deteriorando o sentimento do investidor, o que favoreceu a valorização do real e deu impulso às moedas emergentes”, explica.

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